O exercício envolveu o lançamento de contramedidas Chaff e Flare e avaliou o desempenho do sistema de autodefesa da aeronave com apoio do caça F-5M
Agência Força Aérea, por Tenente Eniele Santos
A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou, na Base Aérea de Santa Cruz (BASC), mais uma etapa da Avaliação Operacional (AVAOP) do Radar Warning System (RWS) do helicóptero H-36 Caracal em outubro. O exercício envolveu o lançamento de contramedidas Chaff e Flare no modo semiautomático e contou com a participação do Instituto de Aplicações Operacionais (IAOp), do Terceiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (3º/8º GAv) – Esquadrão Puma e do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAvCa).
O H-36 Caracal é equipado com o Electronic Warfare System (EWS), um sistema de autodefesa que utiliza sensores e contramedidas para aumentar a capacidade de sobrevivência da aeronave em ambientes com ameaças reais. Esses sensores permitem detectar a presença de radares inimigos, armamentos guiados a laser ou mísseis em aproximação, alertando os pilotos e permitindo o emprego de contramedidas defensivas, como Chaff e Flare, para despistar os sistemas de guiamento inimigos.
Para garantir a máxima eficiência do EWS, é fundamental que as ameaças estejam corretamente configuradas na chamada Biblioteca de Missão — uma programação que exige alto grau de conhecimento em Guerra Eletrônica. Na FAB, essa responsabilidade é do Instituto de Aplicações Operacionais (IAOp), organização subordinada ao Comando de Preparo (COMPREP) e responsável por desenvolver Técnicas, Táticas e Soluções Operacionais baseadas em metodologias técnico-científica, visando ampliar as capacidades de combate da Força Aérea.


Durante a AVAOP, o IAOp avaliou o desempenho do sistema RWS do H-36 em diferentes cenários, com o objetivo de aprimorar as técnicas de programação e aumentar a acurácia e a confiabilidade do sistema. Na fase final do exercício, o radar do caça F-5M foi programado como uma ameaça simulada ao helicóptero. O RWS do H-36 identificou a iluminação do radar inimigo e, em seguida, executou o lançamento das contramedidas Chaff e Flare no modo semiautomático — em que o sistema recomenda o disparo e os pilotos confirmam o lançamento.
O exercício marcou um passo importante na consolidação da doutrina de emprego do sistema de autodefesa do H-36, ampliando a segurança e a efetividade das missões operacionais da FAB.
Dessa forma, o sistema EWS será novamente empregado para treinamento, na cidade de Natal (RN), e contará com a participação do Primeiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (1º/8º GAV) – Esquadrão Falcão e também do F-39 Gripen, que atuará como vetor de ameaça ao helicóptero, dando continuidade às atividades de desenvolvimento e aperfeiçoamento do emprego do EWS do H-36 na Força Aérea Brasileira.
Fotos: BASC





















