23 OUT – Ordem do Dia do Aviador

DIA DO AVIADOR E DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA

ORDEM DO DIA DO COMANDANTE DA AERONÁUTICA

 

Brasília, 23 de outubro de 2020.

Sonhar não é uma atitude dispersa diante da realidade. Antes de tudo, sonhar é não  aceitar  que  os  próprios  limites  nos  impeçam  de  dar um  passo  adiante  e,  assim, revelar um mundo melhor.

Foi com essa atitude de perseverança que Alberto Santos-Dumont, ilustre filho da cidade mineira de Palmira, escreveu, em 23 de outubro de 1906, uma das mais belas páginas da história: ousou desafiar as limitações do homem, voando com seu 14-Bis, nos céus da cidade luz.

Seu nome tornou-se para sempre consagrado como “pai da aviação”, o símbolo da capacidade, do dinamismo e da determinação da nossa gente.um pouco antes, escreveria o escritor José do Patrocínio: “a nossa Pátria deve aprender com Santos-Dumont a arte de perseverar para vencer”. A sinérgica e harmônica união da ciência e da educação permitiu ao homem ganhar amplas asas, capazes de unir os povos, integrar os continentes e difundir o progresso.

Inspirada por esse ideal público, nossa força   aérea, logo ao nascer, foi chamada a defender o Brasil nos distantes céus da Europa.

O mundo vivia a segunda Guerra Mundial; e lá foram nossos soldados, com a primeira esquadrilha de ligação e observação, e o primeiro grupo de aviação de caça para o seu batismo de fogo, munidos da coragem, da honra e do amor à pátria.

No Brasil, os pioneiros da Força Aérea partiram, nas  asas do  Correio  Aéreo Nacional (CAN), para integrar o Brasil, irradiando-se pelos pontos cardeais, numa epopeia que confirmaria o inquebrantável compromisso com o processo de desenvolvimento da nossa pujante nação.

Ainda hoje, o Comando da Aeronáutica, que no próximo dia 20 de janeiro de 2021, completará 80 anos, encontra em seus integrantes a robusta crença nos valores de “Ordem e Progresso” como condição única para garantir todos os outros bens de uma nação.

Uma instituição que persiste, mantendo-se embalada pela força da fé, reunindo a fortaleza necessária para suplantar os naturais obstáculos.

Uma força que se viu convocada por seu  país, para amparar seus distintos filhos no enfrentamento do inimigo invisível, o Covid-19.

Quando   os   brasileiros   começavam   a   imprimir   cuidados   sanitários para resguardar sua saúde, nossas tripulações partiam para a   China. Na operação regresso  à pátria amada, determinada pelo comandante supremo das   forças armadas, o presidente Jair Bolsonaro,  sob  a  coordenação  do  ministério  da  Defesa, com  o  imprescindível  trabalho conjunto dos ministérios da saúde e das relações exteriores, as asas que unem todos os credos, sotaques e culturas cruzaram o azul de todos os fusos para  levar um  sopro  de  esperança  aos irmãos  que  estavam isolados em Wuhan, na China. Da mesma forma, ciente do clamor de brasileiros que estavam no Peru, fomos à cidade de Cusco para resgatá-los.

A missão foi cumprida! Ninguém ficou para trás!

No Brasil, no âmbito da Operação Covid-19,  deflagrada pelo ministério da defesa, em   coordenação com o ministério da saúde, as incansáveis asas que protegem o país voaram, até o momento, mais de duas mil horas, unindo todos seus integrantes, num  único,  fraterno  e  contagiante  sentimento  de  solidariedade, para transportar centenas de toneladas de materiais, dentre medicamentos, equipamentos  de proteção  individual,  álcool  em gel, respiradores hospitalares, ambulâncias, vacinas, e muitos outros,  Além de equipes de Médicos e Enfermeiro,para o atendimento às diversas comunidades Indígenas e aos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Rondônia,Roraima, Pará, Rio de Janeiro e São Paulo.

Visando diminuir os efeitos econômicos adversos, os pátios de estacionamento das nossas bases aéreas foram abertos gratuitamente para abrigar aeronaves das companhias aéreas brasileiras afetadas economicamente pela pandemia.

O espírito solidário, peculiar aos que se dedicam ao ofício das armas, levou o Comando da Aeronáutica a produzir milhares de refeições, ofertadas aos caminhoneiros que trafegavam pela rodovia SP-055, em local próximo ao Porto de Santos, no litoral paulista, a fim de suprir a restrição ao funcionamento dos postos de serviço localizados às margens das rodovias.

Recentemente, as modernas aeronaves KC-390 Millennium e Embraer 190, fabricadas pela nossa EMBRAER, conduziram uma delegação do governo brasileiro em missão especial multidisciplinar de assistência humanitária para ajudar a população libanesa, vítima da explosão que devastou a zona portuária de Beirute.

 

Em outra frente, os esforços do governo federal para levar um desenvolvimento sustentável à Amazônia têm contado com a expertise da nossa Comissão de Aeroportos da Região Amazônica, a COMARA, que, em estreita parceria com o Ministério da Infraestrutura e com a Secretaria de Aviação civil, tem executado ações de construção e melhorias em diversos aeroportos localizados em regiões inóspitas e de difícil acesso na amazônia legal, tais como: Oiapoque, no Amapá; Barcelos, Estirão do Equador, Iauaretê, Ecoari, todos no Amazonas; Surucucu, em Roraima; e Oriximiná, no Pará. Obras que facilitarão a conectividade entre as cidades da região, além de beneficiar a economia local.

Temos a convicção de que a sinergia de nossas ações nos torna fortes; de que a comunhão de nossos sonhos nos faz grandes.

Assim, Marinha, Exército e Aeronáutica têm envidado todos os esforços necessários no combate aos focos de incêndios na Amazônia, região de biodiversidade e solo ricos e cobiçados.

Na Operação Verde Brasil 2, deflagrada pelo governo federal e sob responsabilidade do Ministério da Defesa, as asas altaneiras têm atuado diuturnamente, no combate direto às chamas, e em apoio aos órgãos de controle

ambiental e de segurança pública, que imprimem ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais, direcionadas ao desmatamento ilegal.

O mesmo ocorre no âmbito da Operação Pantanal, onde, mais uma vez, marinha, exército e a força aérea empregam seus meios, em parceria com agências federais e estaduais, para combater diretamente os focos de incêndios e transportar brigadistas do corpo de bombeiros do mato grosso, e do Mato Grosso do Sul e profissionais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos recursos naturais renováveis (IBAMA).

Sintonizadas com a premente necessidade de combater os ilícitos transfronteiriços, as asas forjadas para o combate e treinadas para a defesa do nosso espaço aéreo já voaram mais de 4.500 horas em missões de vigilância para coibir, na Fronteira Oeste e na Amazônia, voos irregulares que possam estar ligados a crimes como o narcotráfico.

Esse é o nosso Brasil, um país que valoriza e cuida de seus recursos e que tem nas Forças Armadas a pronta-resposta aos clamores da sociedade, pois, para nós, não interessa o tamanho do desafio, o que importa é a grandeza da nossa união.

Com essa visão, e contando com a colaboração do Ministério da Defesa, do Ministério da Educação e do Ministério da Ciência, Tecnologia, e inovações, o Comando da Aeronáutica inaugurou o Centro Espacial do Instituto Tecnológico da Aeronáutica, responsável pela capacitação de recursos humanos, para prover suporte à especialização de uma mão-de-obra altamente sensível, capaz de absorver e gerar o conhecimento que projeta a nação como um vultoso pólo tecnológico, com vistas a firmar o tão importante programa espacial para o Brasil.

Seguindo esse mesmo princípio de zelo pelos interesses estratégicos do país, a Força Aérea Brasileira inaugurou, também, o Centro de Operações Espaciais da Aeronáutica, o COPE, construído em parceria com a TELEBRAS, e que hoje opera e monitora o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), cujo uso é dual, ou seja, civil e militar, e, no futuro, todos os outros satélites que serão lançados, em decorrência do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE).

Além  de equipes de médicos e enfermeiros, para o atendimento às diversas comunidades  indígenas e aos estados do Acre, Amapá,   Amazonas, Distrito Federal, Maranhão, Mato   Grosso do Sul, Rondônia, Roraima, Pará, Rio de Janeiro e São Paulo

Mesmo em meio aos efeitos adversos da pandemia, o Brasil não parou. Alguns setores apresentaram resultados otimistas, que apontam para um futuro de lutas, mas de muita prosperidade.

 

Acreditando no desenvolvimento do Brasil, a Força Aérea Brasileira e a Agência Espacial Brasileira (AEB), assinaram o acordo de cooperação visando à implantação e operação do futuro Centro Espacial de Alcântara (CEA), no Maranhão. O objetivo é gerar dividendos e desenvolver a indústria aeroespacial, com serviços ofertados a empresas interessadas em utilizar as instalações de Alcântara.

 

Eis a Força de nossa gente. Eis a Força Aérea Brasileira.

Defensores dos céus de nossa nação!

Graças aos seus esforços, nossa missão está sendo bem cumprida. Sei que os senhores e senhoras o fazem sem esperar qualquer destaque. Fazem porque esse é o nosso sacerdócio.

Ainda que nada esperem, ainda que a consciência do dever cumprido seja o suficiente para lhes permitir o sono dos justos, recebam minha mais expressiva e sincera manifestação de orgulho em comandá-los, em representar e liderar uma instituição íntegra, laboriosa e comprometida não apenas com a edificação de um brasil forte e soberano, mas, acima de tudo, com o bem-estar desta maravilhosa e inabalável Gente Brasileira!

 

Assim unidos, prossigam firmes em seus sobranceiros voos.ao singraremos céus deste imenso brasil, tenham em mente que milhões de compatriotas depositam em seus ombros a esperança de que é possível construir, com Segurança e Paz, um futuro de prosperidade e de modernidade.

E é por isso que hoje, a Força Aérea Brasileira tem o orgulho de apresentar sua mais nova aeronave de caça, o F-39 Gripen, que proporcionará um significativo aumento da capacidade do Brasil de projetar o poder aeroespacial estratégico nos 22 Milhões de quilômetros quadrados sobre os quais temos a missão constitucional de controlar, defender e integrar.

 

Trata-se de uma proposta inovadora do grupo sueco SAAB que nos traz uma vantagem estratégica do domínio do conhecimento crítico para a produção de uma moderna aeronave supersônica de caça no Brasil e vultuosos investimentos voltados à ampliação e ao fortalecimento da base científica, tecnológica e industrial de defesa do Brasil.

 

Um caça inteligente no “estado da arte”; que se destaca pelo avanço da sua tecnologia embarcada, no que se refere à suíte de guerra eletrônica, ao sistema de comunicação de dados e à integração de diversos sensores, e que é capaz de pousar em pistas curtas, e em rodopistas e de operar em locais com infraestrutura reduzida, como é o caso do Ambiente Amazônico.

Senhoras e senhores, o futuro chegou!

Muito obrigado!

Tenente-Brigadeiro do Ar ANTONIO CARLOS MORETTI BERMUDEZ

Comandante da Aeronáutica

sssssssssssssssssssssssssss

O Dia do Aviador

Criado para celebrar todos que arriscam a vida nos céus, o Dia do Aviador, comemorado em 23 de outubro, remete ao voo de Alberto Santos Dumont, pai da aviação, e sua aeronave, o 14-Bis. O voo ocorreu na França em 1906, no Campo Bagatelle, e daria início a uma revolução no transporte de passageiros e nos hobbies de centenas de milhões de pessoas que usam os princípios da aerodinâmica para alçar voos.

O Dia do Aviador foi instituído em 1936, pela lei nº 218. Alberto Santos Dumont também é considerado patrono da aeronáutica, e possui a patente militar de marechal-do-ar. Santos Dumont dá nome, ainda, a uma importante honraria concedida pela Força Aérea Brasileira, a “Medalha do Mérito Santos-Dumont”.

Aeronaves de combate

Rebatizado pela Força Aérea Brasileira de F-39E, o Gripen NG é de origem sueca. O Brasil encomendou, em 2014, 36 unidades da fabricante Saab. Eles substituem a frota atual, que é composta por caças F-5, de origem norte-americana.

Os F-39E custaram para os cofres públicos cerca de R$ 24 bilhões, financiados em 25 anos. O recebimento das 36 unidades, no entanto, também é fracionado.

Capaz de voar em uma velocidade máxima de 2.400 km/h – praticamente duas vezes a velocidade do som (1.224 km/h), os F-39E são considerados “multimissão”, ou seja, podem participar de confrontos no ar, na terra e no mar.

 

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