Helicópteros, blindados e tiro real: saiba o que aconteceu nos primeiros dias do exercício CORE 21

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Com tropas no terreno, blindados, helicópteros e tiro real, os Exércitos brasileiro e norte-americano realizam um exercício conjunto no Vale do Paraíba, em cidades no eixo entre Rio e São Paulo, desde o último dia 6 de dezembro. Denominado CORE (Combined Operations and Rotation Exercise), o exercício abrange quase 2 mil militares em um trabalho integrado que vai ocorrer até o próximo dia 16.

O apronto operacional, que é a concentração para o início das atividades, ocorreu na última segunda-feira (6) no 5º Batalhão de Infantaria Leve (BIL) em Lorena (SP).

A solenidade, que contou com a presença do Comandante Militar do Sudeste, General de Exército Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, e do Comandante-Geral do Exército Sul dos Estados Unidos, Major General William L. Thigpen, marcou o início das atividades.

 

No segundo dia do exercício foi realizado um assalto aeromóvel partindo do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Cptec/Inpe) em Cachoeira Paulista (SP), com o emprego de 22 aeronaves do Comando de Aviação do Exército (CAvEx).

Sob o comando da Força-Tarefa Itororó, os militares simularam a conquista e manutenção de um local estratégico dentro de território inimigo e a destruição de forças oponentes.

Além do assalto aeromóvel, autoridades militares brasileiras e norte-americanas fizeram uma visita ao centro de pesquisas brasileiro e assistiram a uma palestra.

No terceiro dia, com a tropa no terreno na área da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), em Resende (RJ), os militares realizaram tiros defensivos reais. Na oportunidade, as tropas foram colocadas em posição no terreno, em área acidentada, para simular uma situação de confronto com uma tropa oponente.

 

Principalmente hoje, uma Força que pensa em ser dissuasória tem que ter hipótese para atuar fora, como tem sido usual. A tropa sediada em São Paulo, é uma tropa expedicionária, pronta para atuar em qualquer ponto do território nacional ou fora dele, como em uma missão de paz, como a que atuamos no Haiti, ou em missão na África, se formos requisitados para uma missão humanitária”, disse o General Tomás.

O Comandante do Batalhão "Bulldog" da 101ª Divisão de Assalto Aéreo (101st Airborne Division), Tenente-Coronel Michael Harrison, destacou a interoperabilidade entre os dois exércitos e o intercâmbio de conhecimento entre as duas tropas. “Foi uma experiência incrível para os meus soldados e para mim. Todos os militares norte-americanos retornarão aos EUA melhores por terem vindo ao Brasil", concluiu.

Exército realiza tiro defensivo no exercício CORE 21

O Exército Brasileiro realizou uma série de tiros defensivos reais no dia 8 de dezembro, no campo de instrução da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN). A manobra ocorreu no contexto do exercício combinado CORE (Combined Operations and Rotation Exercise), que reúne tropas do Brasil e dos EUA para um treinamento até 16 de dezembro, nas cidades de Lorena (SP), Cachoeira Paulista (SP) e Resende (RJ).

Cerca de 130 militares, entre brasileiros e norte-americanos, foram empregados nessa atividade. Na oportunidade, as tropas foram colocadas em posição no terreno, em área acidentada, para simular uma situação de confronto com uma tropa oponente.

 

"Nós atiramos com metralhadora .50, orgânica da seção de helicópteros de reconhecimento e ataque da Aviação do Exército; atiramos com artilharia 105 milímetros, que é orgânica da Brigada da Infantaria Leve Aeromóvel; atiramos com canhão 90 Cascavel, viatura orgânica dos Regimentos de Cavalaria Mecanizada; atiramos com a metralhadora .50 da viatura Guarani; com morteiro 81 milímetros. Também atiramos com morteiro 60, metralhadora 7,62 milímetros e com os fuzis 5,56 milímetros", disse o Oficial de Operações da 12ª Brigada de Infantaria Aeromóvel, Major Rodrigo Magalhães.

 

Para o Comandante Militar do Sudeste, General de Exército Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, o exercício permite visualizar a dificuldade que uma tropa oponente tem para atacar uma tropa bem postada no terreno.

 

 

"Com o tiro real, a gente está treinando melhor as nossas tropas. Além de progredir, orientar e voar com os nossos helicópteros, preparamos os planos de  carregamento, de combate e tático antes do tiro. Essa tropa está certificada para atuar em qualquer ponto do território nacional", garantiu o General. Segundo o Comandante Militar do Sudeste, o exercício demonstrou que o Exército Brasileiro tem capacidade de emprego de volume de fogo em condição adversa.

 

O Comandante do Batalhão "Bulldog" da 101ª Divisão de Assalto Aéreo (101st Airborne Division), Tenente-Coronel Michael Harrison, disse que o exercício e a manobra desta quarta-feira demonstram a importância da interoperabilidade entre os EUA e o Brasil. "Estamos bastante impressionados com a capacidade do Exército Brasileiro. Foi uma experiência incrível para os meus soldados e para mim. Todos os militares norte-americanos retornarão aos EUA melhores por terem vindo ao Brasil", concluiu.

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