Pompeo pede que China solte prisioneiros em 30º aniversário de protestos da Praça da Paz Celestial

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, pediu a Pequim nesta segunda-feira que assinale o 30º aniversário dos protestos na Praça da Paz Celestial libertando todos os prisioneiros detidos por defenderem os direitos humanos na China.

Em um comunicado, Pompeo voltou a pedir que a China preste contas públicas dos mortos e desaparecidos nos protestos pró-democracia de 1989 liderados por estudantes dentro e nos arredores da Praça da Paz Celestial de Pequim.

“Tal medida começaria a demonstrar a disposição do Partido Comunista para respeitar os direitos humanos e as liberdades fundamentais”, disse Pompeo. “Conclamamos a China a libertar todos aqueles detidos por tentarem exercitar estes direitos e liberdades, a suspender o uso da detenção arbitrária e a reverter políticas contraproducentes que misturam o terrorismo com a expressão religiosa e política”, acrescentou.

O governo chinês enviou tanques para conter os protestos de 4 de junho de 1989, e jamais divulgou um saldo de mortes. Estimativas de grupos de direitos humanos e de testemunhas variam de várias centenas a vários milhares. A repressão na Praça da Paz Celestial é um tabu na China, e quase 30 anos mais tarde continua sendo motivo de discórdia entre a China e muitos países ocidentais.

Pompeo disse que o histórico de direitos humanos da China não melhorou, apesar de sua ascensão na arena internacional, e criticou o tratamento do país aos estimados 1,5 milhão de uigures e outros grupos muçulmanos na região de Xinjiang.

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