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1943: Aliados desembarcam na Sicília

A decisão para um ataque à Sicília foi tomada em janeiro de 1943, na Conferência de Casablanca. Encorajados pelos êxitos obtidos contra as tropas de Hitler no Norte da África, os Aliados – liderados pelo presidente americano Franklin Delano Roosevelt e o primeiro-ministro britânico Winston Churchill – decidiram transferir a frente de batalha para o continente europeu.

Especialmente os britânicos insistiam num ataque à Itália, já cansada da guerra, a fim de enfraquecer a Alemanha. O objetivo era abrir a região do Mar Mediterrâneo para a livre operação dos navios aliados, bem como a criação de bases aéreas mais próximas à Alemanha.

Em fevereiro de 1943, Churchill e o general americano Dwight Eisenhower decidiram que a Sicília seria conquistada numa ofensiva maciça. Para chegar mais próximos à ilha, os Aliados tomaram inicialmente Pantelleria – o "Gibraltar italiano".

A fortaleza insular capitulou no dia 11 de junho, após oito dias sob bombardeio. Nos dois dias seguintes, capitularam também as ilhas vizinhas Lampedusa e Linosa: em meados de junho, a Itália já tinha perdido todos os postos avançados ao sul da Sicília.

Operação Husky

Em 3 de julho, os Aliados iniciaram um bombardeamento de área na Sicília. Na manhã de 9 de julho, as grandes frotas vindas do leste e do oeste reuniram-se ao sul de Malta e rumaram em direção à costa siciliana.

De repente, houve uma mudança do tempo. Um forte vento norte e o mar agitado ameaçavam tornar impossível o desembarque. Mas o vento amainou na madrugada de 10 de julho: começou então a maior operação de desembarque marítimo de toda a história militar até então – a Operação Husky.

A enorme força militar, composta por 1,5 milhão de homens, aproximou-se da costa siciliana na escuridão total. Com a utilização de barcaças de desembarque recém-desenvolvidas e de veículos anfíbios, deveria ser levado para terra o maior número possível de soldados, bem como 600 tanques de guerra e 1.800 canhões.

Os militares italianos e alemães estavam dormindo, esgotados pelo estado de alerta dos dias e noites anteriores. Eles acreditavam estar seguros, em virtude do mau tempo reinante. A defesa da Sicília estava sob responsabilidade do 6º Exército italiano, comandado pelo general Alfredo Guzzoni, bem como de cinco divisões da guarda costeira.

Das Forças Armadas alemãs, encontrava-se na ilha uma divisão de granadeiros e uma parte da Divisão Blindada Hermann Göring.

Começa a invasão pelo mar

Ao todo, 405 mil homens encontravam-se estacionados na Sicília, a maior parte deles na parte ocidental da ilha. O ataque partiu do sul. No sudoeste, desembarcou o 7º Exército estadunidense, comandado pelo general George S. Patton, no extremo sul, as tropas canadenses, e no sudeste da ilha, as companhias do 8º Exército britânico, sob o comando do general Bernard Montgomery. Começara a invasão do continente europeu na Segunda Guerra Mundial.

O comando da Wehrmacht comunicou a Berlim, no dia 10 de julho: "Começou ataque à Sicília. Ele encontrou grande resistência em terra e no ar. As lutas prosseguem".

No dia 18 de julho, 12 aeroportos estavam nas mãos dos Aliados, o oeste da ilha estava ocupado pelos americanos, Palermo foi tomada a 22 de julho. Mas a Sicília ainda não estava conquistada. O avanço dos britânicos no leste da ilha foi detido no Vale do Etna. A região estava infestada por malária, o terreno era acidentado e as tropas alemãs tinham grande experiência de combate. Saindo do oeste, no entanto, o Exército dos EUA avançava implacavelmente rumo a Messina, a ponte para o continente.

Fim de Mussolini

Quando os dois exércitos se preparavam para dar o golpe final, os alemães retiraram as suas tropas, na calada da noite, para a região segura do continente. Nas primeiras horas da manhã de 17 de agosto, as tropas americanas ocuparam Messina, e as tropas britânicas chegaram pouco depois.

Após 38 dias de combate, a ilha estava nas mãos dos Aliados. Balanço da operação: 130 mil italianos, 37 mil alemães e 31 mil soldados aliados foram mortos ou feridos.

O desembarque na Sicília significou o fim do regime fascista na Itália. Já em 24 de julho, Benito Mussolini foi preso. E enquanto o novo governo negociava uma capitulação da Itália, sem informar os alemães, duas divisões britânicas atravessavam o Estreito de Messina, no dia 3 de setembro. A invasão do continente europeu tivera êxito.

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