Boeing enfrenta concorrentes em disputa por caças na Coreia do Sul

A oferta da Boeing na disputa de 8,3 trilhões de wons (R$ 17,6 bilhões) para fornecer à Coreia do Sul 60 aviões de combate foi a única abaixo do preço-teto definido pela agência de compras de armas do país, disseram fontes próximas ao processo nesta segunda-feira. Uma decisão final não é esperada até meados de setembro, afirmaram as fontes, mas o preço enviado pela empresa americana parece ser um passo significativo para a companhia vencer o contrato.

A Boeing está lançando a mais recente versão de seu caça F-15, apelidado de F-15 Silent Eagle, contra o Typhoon do consórcio Eurofighter e o jato F-35 da Lockheed Martin. A Administração do Programa de Aquisição da Defesa da Coreia do Sul (Dapa, na sigla em inglês), que organiza a disputa, disse na sexta-feira que pelo menos um lance, o qual ela não identificou, veio dentro de seu orçamento global.

A decisão é uma das licitações militares mais acompanhadas do mundo e será feita por um comitê liderado pelo ministro da Defesa da Coreia do Sul após a Dapa enviar suas avaliações finais sobre a oferta no próximo mês.

"Nós iremos conduzir uma avaliação sobre todos os três modelos", disse o porta-voz da Dapa, Baek Youn-hyeong. "Mas … apenas aqueles com ofertas abaixo do orçamento serão submetidos à seleção final."

Um porta-voz da Boeing em Seul não quis comentar, mas no domingo um porta-voz da empresa nos Estados Unidos disse: "Acreditamos que nossa proposta pode atender as exigências da República da Coreia do Sul. Esperamos a decisão e permanecemos prontos para entregar nossos compromissos."

A Dapa disse no domingo que um participante não identificado apresentou um preço fora do orçamento ao "alterar arbitrariamente condições que foram previamente acordadas" na última das 13 rodadas da licitação, entre os dias 13 e 16 de agosto. Esta proposta será considerada como tendo "ultrapassado o orçamento", acrescentou a Dapa.

As fontes próximas ao processo disseram que esta foi a proposta apresentada pelo consórcio Eurofighter, do qual a EADS faz parte. A EADS, que controla a Airbus, afirma que o Eurofighter permanece na disputa. As fontes também disseram que a oferta da Lockheed Martin ficou acima do orçamento, embora a empresa tenha dito no domingo que não recebeu nenhuma notificação oficial sobre os resultados da mais recente rodada do licitação.

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