TOA – IDEOLOGIA AMBIENTAL E A POLÍTICA DO MEDO.

IDEOLOGIA AMBIENTAL E A POLÍTICA DO MEDO.

Pinto Silva Carlos Alberto[1]

 
1. GENERALIDADES

"Na visão clássica, o termo ideologia tem diferentes conceitos, sendo o entendimento mais difundido o de que é conjunto de percepções, juízos, teorias ou perspectivas de mundo de um individuo ou de um deliberado grupo que conduz suas condutas pessoais, sociais e políticas.

"Na visão crítica, a ideologia é uma ilusão criada por uma classe para manter a aparente legitimidade de um sistema de dominação"[2].

A ideologia política pode ser: o conjunto de ideias de um grupo; a produção de significados e valores; a manipulação por meio de ideias; as ideias e valores da classe dominante; falsas ideias; uma forma de entender o mundo; entre outros.

"A ideologia funciona como uma falsa consciência, inibindo o desenvolvimento de uma consciência de classe de fato"[3]

2. QUESTÃO ECOLÓGICA – IDEIAS DESTOANTES DE AMBIENTALISTAS DA CATÁSTROFE.

A questão ecológica que eclodiu nestes novos tempos de transição para o século XXI,que propõe ao mundo paradigmas de desenvolvimento à sociedade humana, com vistas a condicionar a ação do homem na face da Terra, resultou num diversificado elenco de facções do campo das ideias político filosóficas, entre as quais destacam-se:

2.1 PROFESSOR EBERHARD HAMER[4] – ECONOMISTA E ESCRITOR

“O duplo fracasso em alcançar a prosperidade através da ideologia em vez da criação de valor não levou a um afastamento dessas tentativas fracassadas, mas a uma nova ideologia, desta vez internacional, a ideologia ambiental.

A ideologia verde agora determina toda a nossa vida. Dos produtos que podemos produzir aos alimentos, investimentos que devem ser “verdes” (incluindo usinas nucleares) e o consumo de recursos que devem ser recicláveis; todas as áreas de nossas vidas com mais e mais regulamentações e restrições à liberdade.

Como em todos os surtos ideológicos, o medo deve ser a força motriz por trás da ação na ideologia ambiental. As pessoas não devem mais agir racionalmente, mas por medo do suposto desaparecimento do Ártico, dos mares, das florestas, das terras aráveis e do fim dos recursos.

Provavelmente apenas por causa desse medo os cidadãos toleram tacitamente os altos custos ideológicos adicionais de energia, alimentação, saúde etc., bem como a redução de seu padrão de vida através da orgia da dívida ecológica e os preços crescentes resultantes.

O grande teste preliminar com o "medo do corona" provavelmente foi destinado à “futura política de medo do clima”, devendo cada vez mais direcionar as pessoas e sujeitá-las a objetivos coletivos, em vez de pessoais, deve mudar a polaridade das pessoas de objetivos econômicos individuais para ideologia estatal coletiva de cumprimento. Tudo como tinha, na Alemanha, duas vezes antes e falhou as duas vezes!”

Um povo que tolera uma política economicamente autodestrutiva “sem alternativas” e objetivos ideais irreais às custas de sua estrutura econômica até então bem-sucedida não deve mais tarde culpar os outros por seu colapso econômico, perda de prosperidade e empobrecimento. Não apenas politicamente, mas também cientificamente, os avisos foram repetidamente dados em tempo útil e alternativas foram oferecidas, sem sucesso.

2.2 GILBERTO MESTRINHO – EX-GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS

“Os “Eco Pinóquios” são todos aqueles que criam inventam e propagam mentiras e falácias sobre a Amazônia, como a vã pretensão de mantê-la preservada, ou congelada, em benefício das grandes potências, que se desenvolveram, em detrimento dos povos em desenvolvimento do terceiro mundo.”

“Eco preservacionista são os que defendem a preservação da natureza tal como está. Com objetivos improdutivos, apenas contemplativos. São os defensores do congelamento do meio ambiente e que não aconteça qualquer desenvolvimento em favor do homem. São também os defensores do crescimento zero.”

“Eco conservacionistas são os que defendem a utilização dos recursos naturais do meio ambiente, sem, contudo, destruir os elementos fundamentais, que mantém os recursos renováveis, pois a natureza como as suas leis sábias se encarrega de os repor, através do seu processo natural de nascimento, desenvolvimento e morte, ou geração, crescimento e transformação permanente.”

Assumindo tendências exponenciais, Philip M. Fearnside do INPA (Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia), mostrava que os Estados do Pará, Maranhão, Goiás, e Mato Grosso seriam devastados em 1990. O Acre seria totalmente devastado antes do ano de 2000. Roraima e Amazonas brevemente, após o ano 2000. Somente o Amapá sobreviveria até o século XXII. Avaliando estas tendências o total da floresta seria devastado antes de 2000! Nós devemos permitir que isto aconteça? (José Lutzemberg – Conferência do Canadá 1983 – segundo Agapan)

Estamos em 2022 e isto não aconteceu. Um outro palpite infeliz.

2.3 ALVIN TOFFLER – ESCRITOR E FUTURISTA

“Eco fundamentalistas são os que querem lançar a sociedade no medievalismo e no asceticismo pré-tecnológico.”

“Eco teólogossão os que insistem em que não pode haver alívio tecnológico e que estamos, portanto, destinados a escorregar de volta para a pobreza pré-industrial, perspectiva que eles consideram uma bênção e não uma maldição.”
“Eco catastróficos são os que partindo do pensamento de uma crise planetária defendem o retorno às trevas.”

“Eco época de ouro são os que defendem uma época de ouro, quando os seres humanos viviam em harmonia com a natureza e a cultuavam.”

“Eco Paraíso são os que defendem que a espécie humana caiu do ‘Paraíso’ com a chegada da era industrial.”

2.4. ROBERTO CAMPOS – ECONOMISTA, DIPLOMATA E EX-MINISTRO DO PLANEJAMENTO
 

“Ecologistas Autênticossão os que procuram racionalmente conciliar o desenvolvimento econômico com a proteção do meio ambiente.”

“Eco maníacos são os que subordinam o desenvolvimento às suas paixões ambientais.”

“Eco românticos são os que pregam o retorno à natureza. Esta passa a ser mais importante que o homem.”

“Eco chatos são aqueles que se preocupam em preservar o espaço para os jacarés na praia de domingo.”

3. CONCLUSÃO

A decisão de empreender uma ideologia (Intervenção) na vida (Política) nacional "deveria" ser racional, no sentido de que deveria ser baseada numa avaliação de custos e benefício para o Estado e a sociedade. A seguir,ser instrumental, isto é, ser empreendida com vista a alcançar-se um objetivo, e nunca por si própria. Por último, ser de maneira que seu objetivo seja a satisfação dos interesses do Estado, para que se justifique que todo o esforço de uma nação seja mobilizado a serviço do objetivo a ser atingido.

Devemos combater a “Política do Medo”, a “Falta de Alternativas”, e “Objetivos Ideais”, porém, “Irreais”.

 


[1] Carlos Alberto Pinto Silva / General de Exército da reserva / Ex-comandante do Comando Militar do Oeste, do Comando Militar do Sul, do Comando de Operações Terrestres, Ex-comandante do 2º BIS e da 17ª Bda Inf Sl, Chefe do EM do CMA, Membro da Academia de Defesa e do CEBRES.
 
[2] (“Ideologia. Conceituação de ideologia – Brasil Escola”)
 
[3] (“Ideologia. Conceituação de ideologia – Brasil Escola”)
 
[4] O autor do PI NEWS Prof. Dr. Eberhard Hamer (nascido em 15 de agosto de 1932 em Mettmann) é um economista alemão. Seu foco é a economia das PMEs. Na década de 1970, fundou o Mittelstandsinstitut Niedersachsen, de gestão privada, em Hanôver e publicou mais de 20 livros sobre o tema Mittelstand. Em 1986 Haver recebeu a Cruz de Mérito com Fita da Ordem do Mérito da República Federal da Alemanha. Sua coluna aparece uma vez por semana no PI-NEWS.

Site: https://www.pi-news.net/2022/04/schon-wieder-soll-ideologie-statt-wertschoepfung-lebenszweck-sein/

 

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