Comando de Proteção e Defesa NBQR da Marinha apoiará o Instituto de Engenharia Nuclear (IEN) na implantação e operação do Centro
Por Capitão de Corveta (T) Fabrício Costa e Primeiro-Tenente (RM2-T) Jéferson Cristiano
Com a intenção de conceber e implantar o Centro de Treinamento em Segurança Física Nuclear (Centresf) dentro de 30 meses, o Comando de Proteção e Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica da Marinha (CProtDefNBQR) assinou, na última sexta-feira (31), na Fortaleza de São José, no Rio de Janeiro (RJ), um Protocolo de Intenções com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), por meio do Instituto de Engenharia Nuclear (IEN).
O documento tem como finalidade fomentar a capacitação e o intercâmbio de ações conjuntas voltadas à proteção física de instalações e materiais nucleares, bem como à resposta a ameaças de natureza Nuclear, Biológica, Química e Radiológica (NBQR).
O evento contou com a presença do Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), Almirante de Esquadra Carlos Chagas Vianna Braga, do Diretor do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), Vice-Almirante (Engenheiro Naval) Celso Mizutani Koga, do Diretor do IEN, Doutor Cristóvão Araripe Marinho, do Comandante de Proteção e Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica da Marinha (CProtDefNBQR), Contra-Almirante Roberto Lemos, do Superintendente de Operações da Secretaria Naval de Segurança Nuclear e Qualidade, Contra-Almirante Paulo Cesar Demby Corrêa; e do Diretor Substituto do Instituto de Engenharia Nuclear, Doutor Júlio Cézar Suita.
A cooperação será realizada em três etapas. Na primeira, serão incluídos o compartilhamento de informações, conhecimentos técnicos e experiências, visitas técnicas às instalações de referência, definição de requisitos operacionais, elaboração de cenários de treinamento e apoio à concepção dos ambientes simulados e laboratórios do Centresf.
Na segunda etapa, será prestado apoio técnico e operacional à montagem das instalações, à caracterização de áreas de treinamento, à avaliação de conformidade dos ambientes simulados e à indicação de tecnologias e procedimentos adequados, além da realização de exercícios de pré-teste e validação das estruturas, contribuindo para o comissionamento do Centresf.
Por fim, na terceira etapa, a Marinha e o IEN atuarão em conjunto na utilização do Centro para treinamentos, cursos, exercícios táticos e demonstrações operacionais, promovendo o intercâmbio de instrutores, a atualização de conteúdos programáticos e o desenvolvimento contínuo de capacidades voltadas à proteção física nuclear e à resposta a ameaças NBQR.
Segundo o Diretor do Instituto de Engenharia Nuclear, Doutor Cristóvão Araripe Marinho, esse é um momento de extrema importância para o Brasil.
“Este protocolo que assinamos hoje vai permitir a cooperação dentro do primeiro Centro de Treinamento de Proteção Física Nuclear da América Latina. Esse é um feito que vai nos preparar para um futuro cada vez mais seguro para as nossas instalações. Sou muito agradecido à Marinha e, em especial, ao Corpo de Fuzileiros Navais e a todos que contribuíram para essa parceria com o Instituto. Esse Centro representa um avanço significativo na área de proteção física para toda a América Latina”, afirmou.
De acordo com o Diretor do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), Vice-Almirante (Engenheiro Naval) Celso Mizutani Koga, as parcerias são essenciais.
“É de longa data que temos essa interação com o IEN, e sempre foi muito proveitosa. Acho que essa iniciativa é espetacular. Essa é uma área na qual temos um grande desafio, pois uma instalação preparada para proteção física na área nuclear é fundamental para a Marinha. Nós estamos juntos para poder absorver e implementar tudo isso lá em Aramar. Esse é um desenvolvimento que vai levar o País a um novo patamar”, frisou.
Fonte: Agência Marinha de Notícias
