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Iraque pode pedir à Rússia ataques aéreos contra o EI, diz parlamentar

O Iraque pode pedir em breve ataques aéreos russos contra o Estado Islâmico em seu território e que a Rússia tenha um papel maior do que os Estados Unidos na guerra contra o grupo militante, disse o chefe do comitê de defesa e segurança do Parlamento iraquiano, Hakim al-Zamili, nesta quarta-feira.

"Podemos ser forçados a pedir à Rússia que lance ataques aéreos no Iraque em breve. Acho que nos próximos dias ou semanas o Iraque será forçado a pedir à Rússia que lance ataques aéreos, e isso depende do seu sucesso na Síria", afirmou Al-Zamili à Reuters.

O governo do Iraque e poderosas milícias xiitas apoiadas pelo Irã questionam a determinação dos Estados Unidos na luta contra militantes do Estado Islâmico, que controlam um terço do país, dizendo que os ataques aéreos da coalizão liderada pelos norte-americanos são ineficazes.

Ataques aéreos russos contra os opositores do governo na Síria aumentaram as esperanças em Bagdá de que a Rússia possa tornar-se um parceiro eficaz contra o grupo ultrarradical.

"Estamos procurando ver se a Rússia terá um papel mais importante no Iraque… Sim, definitivamente, um papel maior do que os norte-americanos", disse Zamili.

A intervenção da Rússia no Médio Oriente, incluindo um novo acordo de segurança e compartilhamento de inteligência com o Irã, o Iraque e a Síria, tem levantado preocupações em Washington de que seu antigo inimigo da Guerra Fria está ganhando influência na região, grande produtora de petróleo.

Obama alerta Rússia sobre "atoleiro" na Síria

O presidente dos EUA, Barack Obama, alertou na sexta-feira passada (02OUT15) à Rússia que sua campanha em apoio ao presidente sírio, Bashar al-Assad, vai lançar Moscou em um atoleiro do qual terá dificuldades de sair.

“Uma tentativa da Rússia e do Irã de amparar Assad e tentar pacificar a população vai apenas deixá-los presos em um atoleiro e não vai funcionar”, disse Obama em uma coletiva da imprensa na Casa Branca.

Ele afirmou que a Rússia também fracassa por não distinguir entre o Estado Islâmico e insurgentes mais moderados na Síria.

“Da perspectiva deles, são todos terroristas”, disse Obama. “E essa é uma receita para o desastre.”

A Rússia bombardeou a Síria nesta sexta-feira por um terceiro dia consecutivo, atingindo sobretudo áreas controladas por grupos insurgentes rivais em vez de militantes do Estado Islâmico, alvo que havia dito ser o principal, o que vem provocando uma reação cada vez mais irritada de potências ocidentais.

A decisão do presidente russo, Vladimir Putin, de conduzir ataques na Síria marca uma escalada dramática do envolvimento estrangeiro numa guerra civil que já dura mais de quatro anos e na qual todos os principais países da região possuem participação.

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