A Força Naval apresentou aos empresários do setor industrial seu plano completo. Abrange 61 navios de superfície e cinco submarinos – quatro de propulsão diesel-elétrica e um movido a energia nuclear. As encomendas vão até 2030. Há 48 grupos empresariais – representando cerca de 25 mil empregos em 19 diferentes setores – diretamente interessados em participar do empreendimento.
A Odebrecht Defesa e Tecnologia prepara os estaleiros da Enseada do Paraguaçu, na região metropolitana de Salvador, capital baiana, para disputar o Prosuper. A empresa, associada à francesa DCNS, constrói em Itaguaí, no Rio, uma nova base naval e as instalações industriais de onde sairão os cinco submarinos do Prosub, encomendados por 6,7 bilhões de euros.
A prioridade estratégica da Marinha do Brasil, para ser cumprida em várias fases durante 15 anos, é o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul, o SisgAAz. A área de cobertura do SisgAAz é imensa – cerca de 4,5 milhões de quilômetros quadrados – equivalente à metade do território brasileiro, tão grande quanto a Europa Ocidental.
O aparato é destinado a vigiar e proteger um tesouro – na indústria da energia são 15,3 bilhões de barris de petróleo, 133 plataformas (86 fixas, 47 flutuantes) de processamento da Petrobrás, patrimônio decorrente de investimentos da ordem de US$ 224 bilhões, de 2010 até 2015.
Mais ainda: são desenvolvidas pesquisas sobre a biodiversidade exótica encontrada nas fontes hidrotermais localizadas nas zonas de encontro das placas tectônicas. As características apuradas permitem garantir em escala bilionária o aproveitamento na indústria farmacêutica e de cosmésticos. O oceano, na abrangência controlada pelo Brasil, abriga, ainda, 80 reservas de 100 materiais estratégicos. Mapeadas, não prospectadas. / R.G.