Comentário Gelio Fregapani – Coragem e orgulho, Conjuntura Mundial, Código Penal e Pensamentos

Assuntos:Coragem e orgulho, Conjuntura Mundial,
Código Penal e Pensamentos


Coragem e Orgulho

As corajosas medidas da Presidente baixando os juros e taxando as importações exasperam os especuladores estrangeiros e seus seguidores daqui.

A guerra comercial dos Estados Unidos contra o Brasil ficou explícita quando o representante do Comércio Exterior dos EUA, Ron Kirk, enviou uma carta, grosseira e ameaçadora, ao nosso ministro das Relações Exteriores, reclamando das medidas que o Brasil adotou para proteger a própria indústria contra as manobras do país dele, que desvalorizou a moeda, favorecendo as exportações.  O primeiro-ministro da Inglaterra, David Cameron ameaçou que, logo o seu país nos estará retaliando e destruindo se o Brasil não suspender imediatamente o protecionismo aplicado em favor de nossa produção industrial. Nossos neo-liberais temem que o Brasil venha a ficar isolado e que sem a concorrência estrangeira nossa industria não evolua – e isto já aconteceu, como também aconteceu que a ent rada livre dos produtos estrangeiros mais baratos mataram a indústria existente e inibiram a formação das novas.

Ameaças como essas só influenciariam aos covardes. Aí está o exemplo da China, que depois de séculos explorada, rompeu o círculo de giz e caminha para tornar-se a maior economia do planeta. Pouco importaria aos chineses a ameaça dos ingleses ou de quem for, por conta de seu protecionismo. A China abriu-se à modernidade, mas dentro de seus termos. Virou o jogo. Recuperou sua independência e seu amor próprio. Não estamos analisando se a China é uma democracia ou não.

Na Economia, o Brasil tende a seguir na mesma trilha que a China, mas é preciso coragem. A redução dos juros (contra a opinião de todos os economistas formados no exterior) trouxe grande economia ao erário e diminuiu o dreno de divisas (pois grande parte da dívida interna está nas mãos de estrangeiros), além de estimular a transformação do capital especulativo em capital produtivo. A taxação extra à produtos importados sem dúvida ajudará a industria nacional, tal como fazem os outros povos quando sentem perder a concorrência.

É claro que teremos problemas. Será muito difícil promover uma mudança no sistema de poder existente, enquanto perdurar a aliança entre as oligarquias locais apátridas e o sistema financeiro internacional. Entretanto, na medida em que criarmos orgulho é previsível que a atual oligarquia se imbua de seu papel de elite e lidere a arrancada para o desenvolvimento, apesar da criação de áreas de conflito  com seus antigos parceiros internacionais.

Quando ainda candidata, Dilma era uma incógnita; a sabíamos corajosa, mas não sabíamos se empregaria sua coragem para o bem do País ou se apenas para o crescimento do seu partido. Estamos começando a ter a resposta. Muitas vezes tem contrariado as espúrias reivindicações da base aliada e do próprio PT. Toma medidas corretas ignorando as ameaças estrangeiras.  Começa a liderar a nós, nacionalistas, apesar das mazelas do partido dela,esperamos que continue assim.
 
 Conjuntura Mundial. O limiar de uma nova era.

“Cenários” são prospectivas que podem vir a acontecer. Alguns dos que levantamos estão acontecendo, outros estão no rumo. Levanta-se os cenários prováveis e até os apenas possíveis porque não há nem haverá situações permanentes no nosso mundo, e quem se antecipar aos acontecimentos e tomar a decisão adequada terá grande vantagem sobre quem não o fez. Sabemos que, por vezes, acontecem fatos capazes de transformar toda uma  conjuntura.

Atualmente, o principal fato portador de transformações, em qualquer prospectiva é a contínua perda de valor do dólar, que tende a levar a contração de seu mercado importador. Certamente, se o dólar deixar de ser bem aceito, os EUA passarão a ter dificuldade de importar até bens indispensáveis como o petróleo, mas poderão viver  isolados, substituindo o petróleo importado pelo carvão, pelo gás de xisto e pelo etanol. Alimentos eles tem até para vender ou trocar. Ao refazer sua indústria não poderá competir com a China no comércio externo, mas no interno tomará as indispensáveis medidas de proteção. Claro, suas exportações ficarão mais em conta. Certamente ficará mais pobre, mas não será o único.

Em consequencia das medidas protecionistas que certamente serão adotadas pelos EUA, a China perderá seu principal mercado, prejudicando sua ascensão rumo ao posto de maior economia do mundo. Naturalmente a China reorientará parte de sua produção para o consumo doméstico, mas não há como evitar uma drástica diminuição da importação de commodities, que afetará diretamente ao nosso País, bem como a todos os outros fornecedores.

. E a Europa? Hoje ponto nevrálgico, encerra uma questão crucial: quais as chances de sucesso de um modelo de federalização na Europa, com solidariedade e compartilhamento de custos e benefícios? É a grande incógnita. Esfacelando-se a União Européia como parece provável, os pequenos países estará em grandes dificuldades. Só sobreviverão se descobrirem um nicho de excelência como fez a Finlândia com os celulares, mesmo assim só antes da China tomar-lhe a dianteira. Até os mais poderosos enfrentarão dificuldades se não forem auto-suficientes, coisa que poucos conseguirão. Todos estarão mais pobres. Todos apelarão para medidas protecionistas e recriminarão as medidas dos demais que prejudiquem suas exportações. Os mais prejudicados serão os pequeno s países de mercado insuficiente para ter uma indústria de escala. Terão dificuldade de sobreviver como nação, mas dispondo de capital e tecnologia tentarão fundar empresas nos “BRICs”.  Não à toa que esta seja a estratégia dos mais inteligentes: crescer para fora. Marcar terreno, principalmente em países emergentes como o Brasil

Aos poucos os BRICs, inclusive o nosso Pais, compreenderão o erro de permitir a drenagem de recursos feitas pelas empresas de capital estrangeiro e tentarão restringi-lo. As restrições ao capital estrangeiro e a necessidade vital de petróleo sem ter como comprá-lo tende a causar ações militares para impor os interesses vitais, principalmente sobre os detentores das jazidas, mas os de outras commodities também não estarão a salvo.

Naturalmente, aos poucos será retomado o comércio, a principio a base de escambo, mas até voltar a ordem natural será inevitável uma série de conflitos, disputas pelo acesso a recursos naturais indispensáveis; pressões, conquistas territoriais, faxinas étnicas e até genocídios.

Por certo este não é o melhor cenário, mas apenas o mais provável. Não podemos saber ainda até que ponto os EUA agüentarão o tranco e se recuperarão, nem se a redução da economia chinesa será um "pouso suave" ou "aterrissagem" forçada. Tampouco sabemos se a acomodação mundial se dará por intermédio dos mecanismos de mercado, por meio do jogo político ou pela força; em outras palavras, se acontecerá de forma negociada ou conflitiva. Só o que podemos saber é que estamos no limiar de uma nova era na História

      E nós? – É claro que o Brasil não passará incólume pelas vicissitudes do quadro internacional. Poderemos resistir a um ambiente externo hostil? – Dependerá do acerto da política e da capacidade de resistência.  Então quais os espaços para o Brasil, tendo como referência o cenário descrito, e quais as ações para construir e fortalecer capacidade de resistência? – Num primeiro passo zerar o déficit nas contas externas mesmo a custo de redução do consumo e bem estar; em seguida orientar a economia para o mercado interno, diminuindo a dependência das exportações, que sabemos, serão reduzidas. Ainda teríamos que reduzir a drenagem de capitais pelas remessas de lucro e royaties, como está fazendo a China. O Brasil pode seguir uma trajetória de desenvolvimento puxado pela demanda interna (investimentos em energias e infra-estruturas e consumo interno), e isto estamos fazendo. Outra ação indispensável será o incentivo ao aumento da população e ocupação do território, por mais que isto contrarie aos ecoxiitas e aos neo-maltusianos. Entretanto nada disso adiantará se não tivermos preparado Forças Armadas duras de roer, que possam manter a distância os ambiciosos.

O cenário não é desesperador. Somos dos poucos países que pode viver sozinho, se necessário. O país acumulou trunfos que, se bem usados, permitirão mitigar as consequências de um cenário externo de degradação e aproveitar as oportunidades de um cenário de recuperação lenta para manter o curso de seu desenvolvimento. A capacidade de resistência, porém, será função das medidas que tomarmos hoje, e para isto é preciso coragem e união.
 
Código Penal – Sem noção

O projeto do novo Código Penal estabelece pena de um a quatro anos para quem se omitir de prestar socorro a um "animal" – ( incluindo os insetos?), – e pena de só um a seis meses para quem se omitir de socorrer uma criança extraviada . Os pais não poderão educar seus filhos, mas o Estado poderá induzi-los ao homossexualismo

Tem mais: será crime mexer num ninho, mas não matar um ser humano ainda no útero; será, legalizado o consumo de drogas e o pequeno tráfico;  permitido o terrorismo individual ou coletivo quando movido com intuito social ou reivindicatório, ou seja pelo MST e por índios sob o comando de ONGs.

Uma vez aprovado esse projeto de Código só a desobediência civil ou mesmo uma rebelião poderia evitar o desmanche do nosso País
 
Pensamentos

País bobo é o que acredita que outro quer ajudar, sem nenhum interesse.

Só tem voz, respeito e credibilidade e se impõe diplomaticamente quem tem poder escudado na Força
 
Que Deus proteja a todos nós
 
 
Gelio Fregapani

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