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 Mensagem  proferida pelo
General-de-Exército  BOLÍVAR GOELLNER
PASSAGEM  DE  COMANDO  do CMS
 28 de abril de 2014 – 3º RCGd

Neste momento em que encerro o período como Comandante Militar do Sul, deixo também o serviço ativo do Exército e faço meus agradecimentos:

– a minha Instituição, o Exército Brasileiro – por tudo o que me proporcionou;
– ao Gen Enzo pela delegação e confiança irrestritas;
– ao Alto Comando do Exército, de hoje e de sempre, órgão de assessoramento direto do Comandante, responsável pelo presente e futuro do Exército: pelo profissionalismo, experiência, dedicação e empatia dos seus integrantes; pela percepção estratégica e capacidade de orientar e decidir planejamentos complexos; por saber discernir prioridades; pela sua esmerada competência; por entender o nosso Brasil intimamente, conhecer o nosso país como um todo e em tudo; por cultuar valores e princípios.

Tudo isto respeitando três fundamentos relevantes: a legalidade como responsabilidade consciente; a legitimidade por conquistar estes cargos por seus próprios méritos; licitude pelo comportamento ético.

– a todas as agências e autoridades dos poderes executivo, legislativo e judiciário, em seus três níveis – federal, estadual e municipal – pela participação junto ao Comando Militar do Sul e pelo diálogo franco e isento, sempre com o propósito, como responsáveis e formadores de opinião que somos, de olhar para o futuro do nosso País.

– a todas as pessoas e instituições que direta ou indiretamente nos ajudaram.
– a minha turma de Academia Militar, aspirantes de 1972, procurei representá-los como vocês merecem.
 
Neste período o Comando Militar do Sul, constituído pelas organizações militares nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, conquistou objetivos e metas determinados pelo Processo de Transformação do Exército Brasileiro, participando de maneira efetiva em todos os projetos em andamento.

Preparamos-nos para a missão mais complexa determinada pela Constituição – a Defesa da Pátria – e sempre estivemos prontos para cumprir as demais atribuições constitucionais, menos complexas, mas altamente sensíveis. Temos a capacidade de gerar força e cumprir qualquer missão e, se necessário for, exercer a responsabilidade ilimitada de combater.

Os senhores têm um exemplo destas capacidades olhando a tropa a sua frente, nosso maior patrimônio, o homem. Tropa constituída por representantes de todos os brasileiros, íntegros em valores e princípios, homens e mulheres conscientes das suas atribuições, que têm orgulho da sua profissão e, eficientemente comandadas, conquistaram a credibilidade e respeito da nação. Credibilidade e respeito da população que pode não nos ver, mas sabe que, em silêncio qualificado, estivemos, estamos e estaremos sempre presentes.
 
Nosso trabalho não ficou completo, não conseguimos realizar tudo o que pretendíamos, mas temos a convicção que empenhamos o máximo do nosso conhecimento, esforço e dedicação, construindo no presente o almejado futuro do nosso Exército.
 
Nesta oportunidade deixo o serviço ativo, mas continuarei vivo, pronto, para como cidadão e profissional trabalhar pelo meu Brasil e para o meu Exército.

Estarei sempre disponível para todos com quem convivi, em qualquer momento.

Dedico uma gratidão especial àqueles companheiros de farda que dividiram comigo a mesma refeição, o mesmo abrigo, os mesmos riscos, as mesmas adversidades e as mesmas vitórias. A vocês afirmo que continuarei “tendo fé para resistir e vencer, e que farei tudo com dignidade” e que não me esqueci de “pedir ao Senhor meu Deus o que Vos resta, aquilo que os outros não querem, mas também a coragem, e a força e a fé”.
 
Ainda tenho alguns agradecimentos especiais, sem ordem de prioridade, que compõem um circulo virtuoso:

à minha família – por todos os motivos possíveis – com um grande e afetuoso abraço de duração sem fim. Aqui, a lembrança do meu pai, pelo pequeno grande incentivo – começou como soldado, teve orgulho de ser sargento e a satisfação de ser promovido a major do então Quadro de Oficiais Especialistas, seu generalato.

– aos amigos – pela presença, longe ou perto – com a constante lembrança;

– ao Deus de cada um de nós – por indicar o nosso caminho – com meditação na busca de um contato constante;

– e aos meus comandantes e subordinados – pela sempre e presente confiança – com o nosso gesto singelo de respeito, a continência.
 
Ao Gen Mourão repito minhas palavras na sua despedida em 17 de fevereiro de 2012:

“A Senhora Elisabeth, Betinha, os agradecimentos pelas lições de fé, perseverança, atitude de vida, fibra e extrema sensibilidade. Ao General Mourão, a certeza e segurança do pleno e efetivo desempenho em mais uma nova missão, pelo seu espírito e prontidão operacional, sua intuição no relacionamento humano e sua esmerada liderança. Que Deus os conduza.”
 
Obrigado a todos, muito obrigado.
 
Devidamente autorizado, vou acrescentar uma atividade, e prestar, num gesto singelo de respeito, a continência aos meus comandados e meus comandantes.

GenEx Bolívar Goellner

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