SGDC – VISIONA e TELEBRAS formalizam contrato

A TELEBRAS e a VISIONA Tecnologia Espacial formalizaram hoje, 28/11, contrato para executar o projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), cujo valor é de R$ 1,3 bilhão e que prevê a entrega do sistema no final de 2016. O projeto envolve os Ministérios das Comunicações, da Defesa e da Ciência e Tecnologia. O satélite será operado pela TELEBRAS na banda Ka (civil) e pelo Ministério da Defesa na banda X (militar).

A VISIONA – joint-ventureentre Embraer e Telebras – será responsável pela integração do sistema SGDC, que ampliará o acesso à banda larga nas regiões remotas do País, por meio do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) e a soberania brasileira nas comunicações das Forças Armadas. A partir da assinatura do contrato, a VISIONA formalizará a contratação dos fornecedores e dará início às atividades de desenvolvimento e integração do sistema. As empresas selecionadas são a Thales Alenia Space (TAS) para fornecimento do satélite e a Ariane Space para realizar seu lançamento.O contrato com os fornecedores também prevê a transferência de tecnologia para empresas brasileiras, tarefa que será coordenada pela Agência Espacial Brasileira (AEB).

“O SGDC não só atenderá às necessidades do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), da TELEBRAS, e às comunicações estratégicas das Forças Armadas brasileiras, como também representa a oportunidade de o Brasil assegurar a soberania em suas comunicações estratégicas, tanto na área civil quanto militar”, explica o Presidente da TELEBRAS, Caio Bonilha.

“Estamos honrados em termos sido escolhidos para fornecer um sistema tão importante para o País”, afirma o Presidente da VISIONA, Nelson Salgado. “Esperamos que este programa represente o início de um processo de capacitação tecnológica de longo prazo, com o estabelecimento de uma empresa brasileira integradora de sistemas espaciais, a exemplo do que a Embraer representa para os segmentos aeronáutico e de defesa”, acrescenta Salgado.

O sistema SGDC trará total segurança às comunicações estratégicas do governo e às comunicações militares, pois seu controle será realizado no Brasil em estações localizadas em áreas militares, sob a coordenação da Telebras e do Ministério da Defesa.
 
A aquisição de um satélite próprio para as comunicações civis e militares brasileiras é uma decisão estratégica para garantir a soberania nacional. Atualmente, os satélites que prestam serviço no Brasil, ou são controlados por estações que estão fora do País ou possuem o controle de atitude nas mãos de empresas de capital estrangeiro. Em qualquer dos casos há riscos de acontecer interrupções dos serviços em uma situação de conflito internacional ou decorrente de outros interesses políticos ou econômicos.

SOBRE A TELEBRAS

A Telecomunicações Brasileiras S. A. – TELEBRAS é uma sociedade anônima aberta, de economia mista, fornecedora estratégica de soluções de telecomunicações para a Administração Pública e mercado, atuando como agente do desenvolvimento local e fomentando a democratização do acesso à informação. Oferece serviços de acesso dedicado à internet aos prestadores de serviços de telecomunicações, que possuem autorização expedida pela Anatel; além de prover infraestrutura a serviços de telecomunicações prestados por empresas privadas, Estados, Distrito Federal, Municípios e entidades sem fins lucrativos.

SOBRE A VISIONA

A VISIONA Tecnologia Espacial S.A. é uma empresa dos grupos Embraer e Telebras, constituída com o objetivo inicial de atuar na integração do sistema do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) do governo brasileiro, que visa atender às necessidades de comunicação satelital do Governo Federal, incluindo o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) e um amplo espectro de comunicações estratégicas de defesa. A Visiona tem também como objetivo atuar como empresa integradora de satélites, com foco nas demandas do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE/AEB) e do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE/FAB).

 

Nota Ministério da Defesa

Assinado contrato do satélite que será
utilizado pelo Ministério da Defesa

Brasília, 28/11/2013 – A Telebras e a Visiona Tecnologia Espacial –  joint-venture da Embraer e a Telebras – assinaram nesta quinta-feira (28) contrato para executar o projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). O projeto envolve os Ministérios da Defesa, das Comunicações e da Ciência e Tecnologia. O SGDC será de propriedade do governo federal e operado pela TELEBRAS, com bandas Ka (civil), e pelo MD, com a banda militar X.

De acordo com o subchefe de Comando e Controle do MD, brigadeiro Ricardo Pucci Magalhães, a banda X vai ampliar a capacidade das comunicações militares. “A banda X dará apoio às operações e exercícios militares, como a Ágata”, frisou. Ainda segundo o brigadeiro Magalhães, a parte militar do SGDC ajudará em catástrofes naturais e nos grandes eventos.

A banda X é composta por cinco transponders, suficientes para ampliar a largura de banda de 160 MHz, e o aumento de potência em cerca de dez vezes, em comparação ao satélite da “Star One”, atualmente alugado pelo MD. O SGDC ainda possibilitará ampliar o atendimento aos demais projetos da Defesa, principalmente, o Sisfron, de monitoramento das fronteiras terrestres. O projeto satelital prevê, ainda, o lançamento de mais dois satélites espaçados em mais ou menos cinco anos. O brigadeiro salienta que os terminais satelitais distribuídos pelo território nacional estarão sob a guarda de organizações militares.

O contrato, no valor de R$ 1,3 bilhão, assinado hoje pelo secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações e presidente do Conselho de Administração da Telebras, Maximiliano Martinhão; o presidente da TELEBRAS, Caio Bonilha; e o presidente da VISIONA, Nelson Salgado; e demais integrantes do Comitê Diretor do SGDC,prevê a entrega do satélite no final de 2016.

A empresa VISIONA será responsável pela integração do sistema SGDC, que ampliará o acesso à banda larga nas regiões mais remotas do país, por meio do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), e a soberania brasileira nas comunicações das Forças Armadas.

A construção do satélite brasileiro é estratégica para garantir a soberania das comunicações do governo brasileiro e também para assegurar o fornecimento de internet banda larga aos municípios distantes e isolados, onde não chega a rede terrestre de fibra óptica. Atualmente, existem mais de 2 mil municípios brasileiros com condições de difícil acesso para chegada de uma rede de fibra óptica terrestre.

A partir da formalização deste contrato, a VISIONA fará a contratação dos fornecedores e dará início às atividades do desenvolvimento e integração do sistema.

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