Companhia Brasileira de Engenharia de Força de Paz completa uma década no Haiti

A Companhia Brasileira de Engenharia de Força de Paz (BRAENGCOY) completou hoje (09) uma década de serviços prestados ao Haiti. Desde que os primeiros militares brasileiros chegaram a capital Porto Príncipe, tiveram enorme desafio de contribuir para construção da paz neste país caribenho.

Na época, o convite surgiu por meio da Missão das Organizações das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH). A ideia era que a engenharia brasileira pudesse participar do processo de reconstrução haitiano.

Desde então, equipamentos e homens cruzam os mares e os céus imbuídos do espírito de solidariedade e vontade de contribuir com o país vizinho.

A BRAENGCOY realizou, nesses 10 anos, a perfuração de 60 poços artesianos, a remoção de 9.577m­­3 de escombros, a construção e reforma de mais de 230 instalações civis e militares, a limpeza de 9.250 m de valas, a produção de 360 milhões de litros de água potável, a reparação de 795.700 m2 de estradas e a execução de 486.561 m3 de terraplenagem, ações que ajudaram na melhoria da qualidade de vida do povo deste país.

A engenharia é reconhecida também pela assistência humanitária prestada por meio das obras. Escolas, orfanatos, hospitais, unidades de polícia e estradas compõem o legado dessa década de dedicação da BRAENGCOY.

Sobre a Minustah

Neste mês completa 11 anos que o Brasil comanda a força de paz no Haiti. Ela conta com a participação de tropas de outros 15 países, mantendo na ilha um efetivo total de cerca de 1.343 capacetes azuis das Forças Armadas brasileiras.

A participação dos militares brasileiros é reconhecida pelo povo haitiano e por autoridades internacionais pela desenvoltura com que combinam funções militares, como o patrulhamento, com atividades sociais e de cunho humanitário.

A presença da Minustah assegurou a realização de eleições presidenciais em 2006 e 2010, com passagem pacífica do poder. A missão da ONU também atuou no esforço de reconstrução do Haiti após o terremoto devastador de janeiro de 2010.

Em coordenação com a ONU e com os países da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) que integram a missão, o Brasil projeta a retirada gradual de suas tropas, à medida que o governo haitiano demonstre disposição e capacidade de garantir a segurança do país.

A Minustah foi criada por resolução do Conselho de Segurança da ONU, em fevereiro 2004, para restabelecer a segurança e normalidade institucional do país após sucessivos episódios de turbulência política e violência, que culminaram com a partida do então presidente, Jean Bertrand Aristide, para o exílio.

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