Comentário Gelio Fregapani – Casa dividida, Medidas indispensáveis e Você sabia?

Assuntos: Casa dividida,
Medidas indispensáveis e Você sabia?

 
Uma casa dividida não para em pé

A manifestação pró-PT do dia 18 de março mostrou que ainda existe alguma polarização partidária, mas não dá para comparar com a manifestação anticorrupção do dia 13, esta muitas vezes maior e principalmente mais autêntica e quase apartidária apesar do PT ser o alvo principal. Quanto a passeata petista ouve-se ainda rumores de que muitos ali teriam comparecido apenas pelos 30 reais e um sanduiche de mortadela, o que diminui sua já pequena importância. Politicamente a casa não está tão dividida; O PT derreteu miseravelmente enfraquecido não só pelas denúncias de corrupção como pela ingenuidade de usar os parcos recursos existentes em um assistencialismo exagerado tentando dividir o bolo antes do mesmo crescer e também, (embora apenas no início) ter assustado os sanguessugas da cúpula financeira internacional resultando numa um tanto forçada recessão.

Entretanto o pior legado do governo PT foi criar diferenças raciais, étnicas, religiosas, ideológicas que até pouco tempo não existiam, dividindo o nosso povo entre pobres e ricos, entre brancos e negros, entre a sociedade nacional e os índios e, de certa forma entre católicos e evangélicos. Essas divisões sim, ainda podem trazer consequências trágicas.

Politicamente o PT está no fim. Os ratos estão pulando do navio em profusão e confrontos só existem entre forças equivalentes, o que não é o caso, mas a simples saída de Dilma não propiciaria uma solução previsível à economia, seja com o vice-presidente ou, em caso de novas eleições, sem um vencedor suficientemente forte para implementar medidas impopulares. Contudo não haverá confronto agora. O atual governo cairá em meses; é tempo de pensar no "day after"

O day after

Já sabemos que o Governo atual não se sustentará e podemos supor que breve inicie a disputa pelo espólio. Claro, todos estarão contra os corruptos e em princípio todas as formas de socialismo estarão repudiadas, mas Dificilmente haverá consenso e ninguém que assuma terá força para implementar as medidas corretas e isto se tiver vontade de fazê-lo. Aliás, na linha sucessória nenhum teria moral para isto.

A disputa tende a levar a um acordo ou a um vencedor, pois não cessando os choques torna-se inevitável a intervenção militar antes que o País se esfacele.  Podemos supor que após desgastantes debates emergem dois grupos principais: os desenvolvimentistas e os partidários de uma inserção maior no mercado mundial, mesmo em posição subalterna, aliados aos ambientalistas adoradores das árvores nativas. Com esses últimos, nitidamente entreguistas, repetiríamos o primeiro mandato de FHC, vendendo ao estrangeiro o que resta de nacional, estatal ou privado, propiciando um curto período de dinheiro farto após o qual não mais haveria desenvolvimento nem soberania nem empregos. 

A crise econômica, passado o pequeno período de bonança ressurgiria com mais força ameaçando tornar o País em apenas uma expressão geográfica a disposição de todo o mundo. Isto nenhum exército do mundo iria tolerar. Nem o nosso.
 
Caso o grupo desenvolvimentista venha sobrepujar, o processo para conter a desnacionalização encontrará forte oposição da cúpula financeira internacional e de seus "boys" nacionais, mas com o orgulho despertado e umas poucas medidas o resultado apareceria em três meses, desde que esteja sob a chefia de um líder forte e que conte com o apoio das Forças Armadas para que possa implementar as medidas necessárias, mesmo que impopulares.

Fácil de dizer, mas que medidas milagrosas seriam estas, e se são tão boas por que não foram aplicadas antes?

Então vamos, resumidamente, as medidas:

1 – Baixar violentamente os juros. – Não é possível gastar metade do orçamento nacional com o pagamento de juros e fazer alguma coisa mais. Mas se os investidores resolverem retirar seu dinheiro, que por sinal nem existe? – estabeleça-se um limite e se necessário imprima-se. O capital retirado tenderá a ser empregado em alguma atividade produtiva para não ser simplesmente corroído pela inflação, o que fatalmente aconteceria com o aumento da moeda circulante antes do aumento da produção.

2 – Abrir frentes de trabalho e reavaliar todas as bolsas, mantendo só as indispensáveis, para que seja feito algo de útil e se resgate a dignidade de quem não tenha outro emprego.

3 – Diminuir para um terço o número dos senadores, deputados federais, deputados estaduais e de vereadores.

Dar maior proteção a indústria nacional de capital nacional segundo os princípios de Alexander Hamilton, que ensina que sem reserva de mercado nenhuma indústria nova pode competir com uma estrangeira já estabelecida.

4 – Expulsar as ONGs estrangeiras e auditar as nacionais.

5 – Acabar com a gratuidade nas universidades federais, mas nestas financiar fortemente as pesquisas.

6 – Incentivar a agricultura e reprimir as invasões de terra produtiva e controlar o ambientalismo radical que impeça o progresso.

7- Simplificar a Justiça e criar punições mais fortes para juízes prevaricadores.

8 – Desenvolver armamento nuclear e vetores de transporte no País, pois é o único meio de ser respeitado e devem assegurar que não seremos agredidos nem pressionados demasiadamente.

Que Deua Abençoe a todos

Gelio Fregapani

Compartilhar:

Leia também

Inscreva-se na nossa newsletter