Brasileira vence Prêmio de Defensora Militar do Gênero das Nações Unidas

 

UN News


A capitão-de-corveta brasileira Márcia Andrade Braga é a vencedora do Prêmio de Defensora Militar do Gênero das Nações Unidas. A boina-azul serve na Missão da ONU na República Centro-Africana, MINUSCA, desde 2018.

A oficial da marinha receberá o prêmio esta sexta-feira (28MAR2019) das mãos do secretário-geral da ONU, António Guterres, em reunião Ministerial de Manutenção de Paz de 2019 que acontecerá na sede da ONU em Nova Iorque.

Resolução
 

Márcia Andrade Braga foi professora e também ajudou a treinar e a aumentar a consciência dos seus colegas boinas-azuis sobre a dinâmica de gênero na operação de paz, by Minusca/Hervé Serefio

A homenagem criada em 2016, reconhece a dedicação e os esforços individuais de um soldado de paz para “promover os princípios da Resolução de Segurança da ONU 1325 sobre mulheres, paz e segurança”.

Ao saber do prêmio, Braga disse estar muito orgulhosa por sua seleção e que “missões da ONU precisam de mais mulheres para manter a paz, para que as mulheres locais possam falar mais livremente de questões que afetam suas vidas”.

Para o subsecretário-geral do Departamento de Operações de Paz, Jean-Pierre Lacroix,  Márcia Andrade Braga “é um excelente exemplo” da razão porque a organização precisa de mais mulheres na manutenção da paz.

Lacroix destaca que essa tarefa “funciona de forma eficaz quando as mulheres desempenham papéis significativos e quando as mulheres nas comunidades anfitriãs estão diretamente envolvidas. ”

Como conselheira militar de Gênero na Minusca, a capitão de corveta ajudou a criar uma rede de conselheiros de gênero e a capacitar pontos focais entre as unidades militares.

Necessidades

A ganhadora do prêmio também promoveu o uso de equipes mistas de homens e mulheres para realizar patrulhas no país que “reuniram informações para ajudar a entender as necessidades exclusivas de proteção” de pessoas de todos os gêneros.

Os beneficiários ajudaram a desenvolver projetos comunitários em prol de comunidades vulneráveis, que incluem a instalação de bombas de água perto de aldeias, a iluminação com energia solar e o desenvolvimento de hortas comunitárias. Um dos objetivos era que as mulheres não tivessem que percorrer grandes distâncias para cuidar das plantações.

Para a ONU, Braga também é “uma força motriz por trás do envolvimento da liderança da missão com mulheres líderes locais, assegurando que a voz de mulheres centro-africanas seja ouvida no processo de paz em curso”.

Márcia Andrade Braga  foi professora e também ajudou a treinar e a aumentar a  consciência dos seus colegas boinas-azuis  sobre a dinâmica de gênero na operação de paz.

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