Megacidades: SP e RJ pelo US Army


 

Série de artigos sobre MEGACIDADES e a análise do Estudo do US Army: MEGACITIES AND THE UNITED STATES ARMY PREPARING FOR A COMPLEX AND UNCERTAIN FUTURE

Megacidades: SP e RJ pelo US Army

Megacidades – US Army analisa desigualdade social e o poder do PCC em São Paulo

Megacidades: US Army analisa ocupações irregulares e poder paralelo no Rio de Janeiro


Nelson Düring
Editor-Chefe DefesaNet

 
Os leitores que têm acompanhado DefesaNet ao longo dos anos reportarmos os eventos de segurança pública nas duas Megacidades Brasileiras. Primeiro o incrível ataque da gangue criminal PCC, em 2006, na cidade de São Paulo.

Mais recentemente as ações diretas das Forças Armadas Brasileiras no conjunto urbano do Rio de Janeiro. Também os 10 anos de atividade das Forças Brasileiras na MINUSTAH, no Haiti.

Todo estes assuntos chamam a atenção de DefesaNet, mas também do Chefe do Estado-Maior do US Army, General Raymond T. Odierno.

Um estudo Megacidades e o Exército dos Estados Unidos – Preparação para um futuro incerto e complexo” (MEGACITIES AND THE UNITED STATES ARMY PREPARING FOR A COMPLEX AND UNCERTAIN FUTURE), foi preparado peloStrategic Studies Group, do Escritório do Chefe do Estado-Maior, que criou um Grupo de Análise para as Megacidades e as implicações para ações militares.

Capa do Estudo do US Army. Observar que a capa tem a foto da cidade de São Paulo.


São 23 cidades que excedem a marca de  10 milhões de habitantes e serão 37 em 2025. Em 1974 eram 2 cidades.

A Região Metropolitana de São Paulo, tem 20 milhões de habitantes e o chamado Complexo Metropolitano Expandido,  ultrapassa os 32,2 milhões de habitantes, aproximadamente 75% da população do estado.

Uma operação M.O.U.T. (Military Operations on Urbanized Terrain) clássica é impossível em uma Megacidade. Não só pelo tamanho desproporcional e a impossibilidade controlar tão vasta extensão de terreno. Porém, uma enigmática frase quando menciona o Rio de Janeiro, com seus Grupos de Milicia e as Gangues criminais tem um alcance além do que podemos pensar no momento:

“To be successful, military action in megacities may require non-standard partnerships.”

Lembremos que quando os Americanos foram invadir a Sicília, na Segunda Guerra Mundial, mandaram um chefe Mafioso, retirando-o da prisão como emissário precursor de “Boa Vontade”.

As ações integradas Forças Armadas-Polícia, atuando contra uma ameaça híbrida são o ponto alto no Rio de Janeiro.

São Paulo – O PCC  Persiste

Os eventos de Maio de 2006, com cerca de 1.300 ataques e revoltas em 73 presídios é um fato de impacto analisado pelo US Army.

A estrutura e a facilidade de comunicação da Gangue PCC,  atraiu o relatório do US Army. Uma pergunta é colocada: como uma gangue criada em uma prisão  em foi capaz de paralisar a maior cidade do Brasil cinco anos após?

É o exemplo de um ator hostil que  quebra a rotina de uma megacidade, em atos potenciais para projetar poder, contestando as autoridades locais, a administração e fomentar a instabilidade.

De seis cidades apresentadas, duas são brasileiras. As demais foram New York (EUA), Bancoq (Tailândia), Lagos (Nigéria) e Dhaka (Bangladesh).

Como nas palavras do Gen Odierno, que comandou no Iraque:

“This paper, written by my Strategic Studies Group, begins a discussion of the complexities, challenges, and opportunities the megacity will present to our Army.”
 

Na Guerra Fria a resposta a estas dúvidas era simples, contornar ar cidades, caso fosse impossível, então seriam empregadas bombas nucleares táticas.


 

Visto da Estação Espacial o chamado Complexo Metropolitano
Expandido de São Paulo, que inclui a Baxada Santista.
Um conglomerado de 32 milhões de habitantes.

 

US Army
Chief of Staff

 
Our Army is in a period of transition after over a decade at war. I have provided my vision of what the Army must be during and after this transition: "The Ail-Volunteer Army will remain the most highly trained and professional land force in the world. It is uniquely organized with the capability and capacity to provide expeditionary, decisive landpower to the Joint Force and ready to perform across the range of military operations to Prevent, Shape, and Win in support of Combatant Commanders to defend the Nation and its interests at home and abroad, both today and against emerging threats."

This vision can only be realized by an Army that is actively preparing for the future, which some have said is unknowable. How then do we prepare the Army for the complex problems of the "unknown" in which it will play a key role in solving for our Nation?

Not knowing the details of the future is no excuse for not studying the problems and opportunities any future may hold. Our Army is focused on becoming globally responsive and regionally engaged. The Regionally Aligned Forces initiative is giving us greater understanding of the places where the Army may be called upon to operate in the future. It is also providing opportunities to create regional understanding and establish relationships with partners in these regions. As we look to regions of interest, one key attribute of most of them is that in-creasing urbanization throughout the world is making the megacity one of the key features of many potential operational theaters. Future Army missions, as they have in the past, will be centered around actions to influent people, And most of the world's population will be in urban areas. This is a problem that we must begin to understand and for which we must prepare.

Our Army has experience throughout its history of operating in urban environments, from Aachen to Seoul to Baghdad. We have not, however, operated in urban areas with populations of over 10 million people—the megacity. This paper, written by my Strategic Studies Group, begins a discussion of the complexities, challenges, and opportunities the megacity will present to our Army.

It is a read well worth your time.

General Raymond T. Odierno
38th Chief of Staff United States Army

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