Entrevista com João Evangelis, da KMW do Brasil, concedida à Rádio Verde Oliva

Rádio Verde Oliva: A KMW do Brasil é uma empresa alemã, que já forneceu para o Exército Brasileiro a Viatura Blindada de Combate (VBC) Leopard e, agora tem como foco o sistema de simulação do Projeto Estratégico Guarani. O senhor poderia explicar este sistema?

Sr. João Evangelis/KMW: O foco da nossa presença aqui nesse evento é o blindado do Exército, o Guarani. Nosso sistema simula o treinamento da tripulação a nível de Pelotão ou também dois Pelotões. Então, nós temos os veículos onde podemos treinar a tripulação em conjunto: o Comandante, o Motorista e o Atirador, em operação interna no veículo e também em Operação de Desembarque.

Na Operação de Desembarque, o Comandante pode comandar suas tropas no solo,que podem ser treinada por intermédio de uma tela onde é projetado o campo de batalha, ou por um capacete virtual onde ele pode visualizar todo o campo de batalha e orientar suas tropas. As tropas são inteligentes, todas elas virtuais e que respondem ao comando de voz do comandante. Para treinar os Motoristas nós temos as outras cabines que são fixas, e também temos a cabine de missão completa onde os motoristas treinam totalmente.

Rádio Verde Oliva: O sistema treina dois Pelotões? Ou seja, seriam quatro carros Guarani em uma primeira fileira e mais quatro em uma segunda. Este treinamento pode ser simulado para até quantos militares?

Sr. João Evangelis/KMW: Nós podemos treinar dois Pelotões aqui; onde cada Pelotão tem quatro veículos e cada veículo tem uma tripulação de três pessoas. Então, estamos falando de três vezes quatro, doze; e vezes dois são vinte e quatro militares em conjunto, integrados.

Além disso, nós podemos integrar esses equipamentos com os nossos simuladores, já instalados em Santa Maria, para a VBC Leopard, e pode ser operado tudo integrado. Além disso, nós estamos fornecendo para o Exército os simuladores do Guepard e também poderão atuar para treinamento da tripulação do Exército.

Rádio Verde Oliva: Como a gente pode ter uma previsão mínima de qual custo/benefício de aplicar a simulação no treinamento militar?

Sr. João Evangelis/KMW: O custo/benefício da simulação é muito grande, porque além do custo de aquisição do equipamento ser bem inferior às viaturas, não só pelo desgaste que as viaturas sofrem; não tem o gasto de manutenção e não tem os riscos de operar em campo civil, nas rodovias, onde podem acontecer acidentes; e acidente é um fator muito grande.

Então, o simulador, além do fator financeiro que é uma economia muito grande, também pesa no fator de risco e também da questão ambiental, porque nós não temos os veículos circulando e queimando combustível. Além disso, nós podemos treinar no simulador, condições que não é possível treinar no veículo. Por exemplo, nós podemos treinar em situação de batalha. Nós não podemos criar uma batalha para os soldados virem treinar. Então, no simulador, nós podemos criar uma batalha virtual aonde eles podem treinar.

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