Lava-Jato implode contratos da EMBRAER na África, Russos avançam

Equipe DefesaNet

A perda de espaço do Brasil dentro do mercado aeronáutico e bélico africano está cada vez maior. Depois da França ocupar segmentos de interesse da indústria brasileira em Moçambique, a Rússia avançou para fechar negócios em Angola. Os especialistas mostram que a crise brasileira, inclusive diplomática e de financiamentos de vendas, tem sido a principal motivadora deste processo.

Mais grave é que negócios já concluídos como o contrato de Moçambique foi desfeito e alterado para as aeronaves russas. A informação obtida por DefesaNet não foi confirmada pela EMBRAER.

A Rússia estuda a venda de aviões de passageiros do modelo Sukhoi Superjet 100 para o governo de Angola, sob a alegação que esse aparelho se adapta melhor à realidade dos aeroportos do país, que vinham sendo construídos pelas construtoras brasileiras envolvidas em escândalos de corrupção.

Os aparelhos europeus seriam os substitutos das aeronaves utilizadas pela estatal TAAG, que tinha interesse em adquirir aviões da EMBRAER.

O interesse russo neste novo mercado foi manifestado às autoridades angolanas durante a recente visita de uma delegação russa a Luanda. A comitiva russa liderada pelo ministro do Desenvolvimento do Leste, Alexander Galushka, e pelo enviado especial do Presidente Vladimir Putin, Yuri Trutnev, já ingressaram com negociações junto ao governo do país africano.

Segundo o site estatal russo de notícias Sputnik International, a eventual venda de aparelhos Sukhoi Superjet 100 foi o principal objetivo da visita da delegação. O governo de Angola e nem os representantes russos, como Yuri Trutnev, confirmaram o avanço nas negociações. Mas elas estão ocorrendo em paralelo aos investimentos da diamantífera Alrosa, do setor de diamantes. A Rússia tem intenção diversificar os investimentos  para outras explorações mineiras e as pedras preciosas está em seu rol de interesse.

O Sukhoi Superjet 100 é um aparelho concebido para voos regionais de média distância, com capacidade para transportar entre 8 e 100 passageiros. O início de sua fabricação foi no ano de 2000 pela divisão civil da construtora russa Sukhoi, e com custos estimados entre os 30 e os 35 milhões de dólares.

O ministro russo Alexandre Galushka, citado pelo Sputnik International a partir de um comunicado, disse que a proposta a Angola pressupõe a convicção de que estes modelos de avião de passageiros “são a melhor opção” para o país.

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