Ex-combatentes são homenageados em comemoração pelos 69 anos da tomada de Monte Castelo

Ao som da Canção do Expedicionário, homens do Batalhão de Polícia do Exército de Brasília (BPEB) homenagearam os pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB) que lutaram ao lado das tropas aliadas na II Guerra Mundial. O evento marcou os 69 anos da tomada de Monte Castelo, na Itália, pelos militares da FEB – batalha decisiva na libertação da Europa do jugo nazista.

A cerimônia, presidida pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, lembrou os feitos heroicos dos combatentes brasileiros, que protagonizaram um dos maiores feitos da história das Forças Armadas. “Foi um empenho, uma luta e um sacrifício pelo país, que estava sendo atacado naquela época, e também em defesa da democracia no mundo. Nós sabemos que as Forças Armadas têm muitas tradições, mas essa é uma que realmente deve estar mais viva no coração dos brasileiros”, comentou o ministro.

Ao lado comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, e de outras autoridades militares, os ex-combatentes assistiram emocionados ao desfile da tropa. O coronel Nestor da Silva (foto), 96 anos, foi um dos febianos a lutar da Tomada de Monte Castelo. Ele contou que as três primeiras tentativas de conquistar o terreno não foram bem sucedidas, mas que na quarta foi vitoriosa.


“Ao invés de atacarmos Castelo de frente, atacamos pelos flancos, e assim, conseguimos tomar o monte”, explicou o coronel. O febiano mineiro mantem viva na memória as imagens daquela que seria a primeira grande vitória do Brasil na Guerra e disse sentir, ainda hoje, a honra por ter servido à pátria.

A conquista de Monte Castelo

Depois de 227 dias em terras italianas, a Força Expedicionária Brasileira (FEB) conquistou, no dia 21 de fevereiro de 1945, o território sob domínio de tropas nazistas.

A tomada de Monte Castelo significou uma importante tática de guerra, possibilitando o avanço das tropas aliadas em direção à Alemanha. A ofensiva brasileira na Itália contribuiu para o fim da guerra.

No total, 25 mil brasileiros foram lutar na Itália. A rotina desses heróis era marcada pelo enfrentamento de inimigos outros além dos nazistas, como o rigoroso inverno (-18°C) europeu e um campo de batalha lamacento e escarpado.

A batalha iniciou-se às cinco e meia da manhã. A 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária cruzou a linha de partida e seguiu, resoluta, na direção ao combate.

Ao final da tarde, depois de uma jornada de árduos combates, as forças brasileiras silenciaram a defesa inimiga.

Naquele dia, nossos soldados registraram na história um dos feitos mais gloriosos da FEB durante a II Guerra Mundial.

Fotos: Tereza Sobreira

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