“Leaks Orchestra” – Governo dos EUA suspeita de “novo Snowden”

O governo dos EUA acredita existir outro delator como o antigo analista da Agência de Segurança Nacional (NSA) Edward Snowden, segundo declarações de funcionários do governo à emissora CNN.

Segundo a CNN, a prova seria um artigo publicado nesta terça-feira (05/08) pelo site The Intercept, um portal de notícias lançado pelo jornalista Glenn Greenwald, que também publicou revelações de Snowden.

O artigo aborda o aumento do número de terroristas – conhecidos ou supostos – nas bases de dados do governo americano durante a administração do presidente Barack Obama e questiona os critérios para defini-los. Segundo o texto, são 680 mil pessoas. Em ao menos 280 mil desses casos, não haveria nenhuma relação conhecida com redes terroristas, como a Al Qaeda.

Para embasar suas afirmações, o texto cita um documento secreto de 12 páginas, datado de agosto de 2013, quando Snowden já havia deixado os Estados Unidos para evitar enfrentar a Justiça. Assim, o documento não poderia ter sido "vazado" pelo antigo analista.

Além disso, Greenwald não cita Snowden como a fonte de suas informações, o que ele normalmente faz, e afirma que a fonte é alguém ligado aos serviços secretos.

Assim, a hipótese de que os dados tinham sido vazados ainda por Snowden é excluída, já que os documentos são datados de agosto de 2013, quando Snowden já estava no território da Rússia.

O próprio Greenwald insinuou em entrevistas através da sua conta no Twitter que as revelações de Snowden "inspiraram" muitas pessoas com conhecimentos de informática a seguirem o mesmo caminho.

De acordo com funcionários do governo não identificados, aos quais se refere o canal, os documentos classificados em questão, pertencentes ao Centro Nacional de Contraterrorismo dos EUA, tinham sido entregues à publicação online norte-americana The Intercept, a qual disponibilizou em seguida um artigo que revelava a expansão do banco de dados de pessoas suspeitas ou surpreendidas em atividades terroristas no período da administração Obama.

com Voz da Rússia*

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