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ONU avalia Batalhão Brasileiro no Haiti quanto ao emprego das Regras de Engajamento

Porto Príncipe (Haiti) – No dia 12 de fevereiro, o Batalhão Brasileiro de Força de Paz (BRABAT 23) recebeu uma comitiva da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH) para realizar uma avaliação sobre os conhecimentos ministrados no Induction Training Course.

O Curso, ministrado no Batalhão em dezembro de 2015, tratou sobre os procedimentos operacionais a serem adotados pela tropa em diversas situações de missão da paz.

Além da avaliação e revisão de pontos importantes para atuar nesse tipo de missão, os capacetes azuis brasileiros foram submetidos a uma prova escrita e fizeram demonstrações práticas, nas quais precisaram aplicar as Regras de Engajamento (ROE) empregadas pelas tropas da MINUSTAH.

Ativação do 23º Contingente no Haiti

No dia 3 de dezembro de 2015, foi realizada a ativação do 23º Contingente Brasileiro de Força de Paz (CONTBRAS) da Organização das Nações Unidas (ONU). O Coronel Gustavo Henrique Dutra de Menezes, transmitiu o Comando do Contingente do Batalhão de Infantaria (BRABAT) ao Coronel Ricardo Pereira de Araujo Bezerra.

Na mesma oportunidade, o Capitão de Fragata Alexandre da Costa Lopes e o Tenente-Coronel Carlos Otávio Krawutschke Cardoso assumiram, respectivamente, as funções de Comandante do Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais (Gpt Op FN) e da Companhia Brasileira de Engenharia de Força de Paz (BRAENGCOY).

A solenidade contou com a presença de oficiais-generais das Forças Armadas brasileiras, dentre eles o Force Commander da Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo, General de Divisão Santos Cruz, e o Force Commander da MINUSTAH, General de Divisão Ajax Porto Pinheiro.

A partir de agora, o 23ª Contingente do BRABAT tem a responsabilidade de manter a excelência do trabalho desenvolvido pelos contingentes anteriores que, ao longo de onze anos, mantiveram o ambiente seguro e estável no Haiti.

O Brasil na Minustah (Haiti)

A Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah) foi criada por Resolução do Conselho de Segurança da ONU, em fevereiro 2004, para restabelecer a segurança e normalidade institucional do país após sucessivos episódios de turbulência política e violência, que culminaram com a partida do então presidente, Jean Bertrand Aristide, para o exílio.

O Brasil comanda as forças de paz no Haiti, que tem a participação de tropas de outros 15 países, mantendo na ilha um efetivo que varia entre dois mil quatro capacetes azuis da Marinha, do Exército e da Força Aérea.

A participação dos militares brasileiros é reconhecida pelo povo haitiano e por autoridades internacionais pela desenvoltura com que combinam funções militares, como o patrulhamento, com atividades sociais e de cunho humanitário. A presença da Minustah assegurou a realização de eleições presidenciais em 2006 e 2010, com passagem pacífica do poder.

A missão da ONU também atuou no esforço de reconstrução do Haiti após o terremoto devastador de janeiro de 2010. Em coordenação com a ONU e com os países da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) que integram a Missão, o Brasil projeta a retirada gradual de suas tropas, à medida que o governo haitiano demonstre disposição e capacidade de garantir a segurança do país.

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