Na orla da Ponta Negra, em Manaus (AM), Brigada de Infantaria Pára-quedista faz lançamento em massa d´água

A Brigada de Infantaria Pára-quedista (Bda Inf Pqdt) realizou ensaios de salto em massa d’água ao longo da praia da Ponta Negra, principal balneário de Manaus, na manhã de 12 de setembro. Na ação, 60 paraquedistas saltaram de uma aeronave em direção às águas do rio Negro, onde equipes de resgate ficaram responsáveis por auxiliar os “boot marrons” a ingressar dentro de lanchas voadeiras, comuns na região amazônica. Ao todo,111 militares da brigada foram empenhados na atividade.

Desde as primeiras horas da manhã, 157 integrantes do Exército iniciaram as manobras com veículos em direção ao Centro de Embarcações do Comando Militar da Amazônia (CECMA) na avenida Coronel Teixeira, no bairro de Ponta Negra, na zona oeste da capital amazonense. Foram utilizadas 12 lanchas e duas embarcações do tipo ferry boat para retirar os paraquedistas da água. Os saltos tiveram início por volta das 9h15, pelo horário de Manaus, e aconteceram a partir de um avião modelo C-105 da Força Aérea Brasileira (FAB).

Os lançamentos foram divididos em dois grupos de 30. Em cada uma das duas decolagens, foram executadas quatro passagens sobre a área demarcada para o salto, sendo três delas feitas com oito paraquedistas, e a quarta, com os seis militares restantes. Além da Bda Inf Pqdt, sediada no Rio de Janeiro, estiveram envolvidos o CECMA e o 1º Batalhão de Infantaria de Selva – Aeromóvel. Por volta das 10h30 as atividades foram encerradas.

Parte da Operação Amazônia, a atividade realizada na manhã do sábado foi acompanhada de perto pelo Comandante Militar da Amazônia, General de Exército Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, acompanhado pelo Comandante da Bda Inf Pqdt, General de Brigada Helder de Freitas Braga, a bordo de uma embarcação à margem do espaço de operação. A autoridade observou o desenvolver do adestramento, prestando atenção aos mínimos detalhes.

Espectadores

Na orla da praia, banhistas que passeavam e tomavam banho na Ponta Negra depararam-se com o inesperado espetáculo a céu aberto. Entre os admiradores, estava o fuzileiro de Infantaria aposentado Jasiel Nascimento, de 52 anos. Ele levou a família para prestigiar esse momento, que considera uma forma de criar nos familiares o sentimento cívico que as Forças têm a oferecer. "É uma demonstração de força e poder, mostrando que o Exército está sempre na vida dos amazonenses, principalmente nas regiões ribeirinhas", complementou Jasiel. Mesmo na reserva, o fuzileiro de carreira não esconde o sentimento de ser militar: "Quando se trata das Forças Armadas, somos todos irmãos".

Outro par de olhos atentos ao céu era o de um menino sonhador. Asafe Rodrigues, de 11 anos, nunca entrou em um avião ou helicóptero, mas desde pequeno, traz no coração a vontade de ser piloto das Forças Armadas e servir a seu país. Com o grande desejo de saltar de paraquedas, renovado após presenciar a ação dos paraquedistas, ele sentiu a certeza de querer ser militar. "Senti que queria fazer o que eles fazem e que algum dia eu vou contribuir com isso", concluiu o garoto.

Entre os 60 paraquedistas que saltaram no rio Negro, a 3ª Sargento de Saúde Hevelin Portela, de 28 anos, destacou-se. Única mulher entre os militares que foram lançados à massa d’água, ela acumula 14 saltos nos cinco anos em que já serve ao Exército Brasileiro.

Hevelin lembra, com emoção, quando, ao entrar na Força, raspou a cabeça por opção própria, como forma de mostrar desapego a uma das características mais comumente associadas às mulheres: a vaidade. Além do exemplo humano, a sargento é também uma mostra de que o Exército Brasileiro tem recebido com respeito e dignidade qualquer integrante, sem distinção.

Operação Amazônia

Considerado o maior exercício de adestramento militar realizado na região, a Operação Amazônia conta com aproximadamente 3.300 participantes de seis Comandos Militares de Área, com encerramento previsto para o dia 23 de setembro. Durante todos esses dias, vários municípios devem ser visitados pelos militares como forma de manter a efetividade operativa das tropas.

Além do efetivo militar empregado, um grupo de oito participantes do Estágio de Correspondente de Assuntos Militares (ECAM) acompanhou as atividades de perto, tendo a oportunidade de conhecer os bastidores dos trabalhos realizados pelo Comando Militar da Amazônia durante a operação.

Oito dos 20 estagiários, sendo quatro jornalistas formados e mais quatro estudantes de Comunicação Social, acompanharam, em três frentes, tudo o que foi desenvolvido no adestramento do sábado passado. O resultado está disponível nessa matéria escrita, além de reportagens produzidas para rádio e material audiovisual para o canal do CMA no Youtube.

Fonte: ECAM/CMA

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