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Comentário Gelio Fregapani – Atualmente no mundo e Nossos problemas

Assuntos: "Atualmente no mundo" e "Nossos problemas"

 
No Mundo: Não é a Guerra Mundial, mas…

Se ainda estão confusos os acontecimentos na Turquia, mais confusas estão as possíveis consequências.

Então vejamos: a Turquia era o principal aliado dos EUA no Oriente Médio, tendo instalado em seu território bases americanas de lançamento de mísseis nucleares apontados para a Rússia. Ainda que de população muçulmana havia um governo laico profundamente anticomunista e regido por leis civilizadas, apesar da nostalgia do tempo quando era a maior ameaça à Cristandade.

Era profunda a simbiose da cúpula militar com os EUA, bem como a das esferas jurídicas e administrativas, mas o mesmo não acontecia com a população e com as fortes facções políticas que ainda sonham com as antigas vitórias do Islã dos sultões. Representava-as o presidente Erdogan com suas atitudes ambíguas.

Ao que tudo indica a cúpula militar/jurídica/administrativa mais chegada aos EUA, insatisfeita com os rumos do governo turco, prepararam um golpe de Estado ou mesmo uma revolução de fundo islâmico, ao que parece com o conhecimento de círculos oficiais dos EUA.

 Alertado pelos russos, Erdogan desencadeou prisões em massa das elites militares e jurídicas e acusou abertamente os EUA de tentar derrubar o seu governo chegando a cercar, com tropas a Base Aérea dos EUA, com armas nucleares, em Incirlik. Naturalmente o governo americano nega qualquer participação.

É evidente a aproximação da Turquia com a Rússia, dois antigos inimigos históricos. Até a derrubada de uma aeronave russa de combate foi contornada. Os EUA não se conformarão facilmente com a perda de sua base e há algumas duvidas de como reagirá o povo turco e qual seu apoio ao islamismo radical. A Europa, certamente, esperará sem respirar pelo destino do 'negócio' por causa do fluxo de refugiados.

Como isto evoluirá? Isto não se sabe.

Alguns dos nossos problemas

Deixemos o mundo por instantes para olhar o próprio umbigo. Precisávamos mesmo fazer a faxina a lá Sergio Moro. Muita coisa vai melhorar, a partir de um freio na corrupção. Entretanto, para isto não é necessário entregarmos o Pré-sal nem paralisarmos o desenvolvimento nuclear.

A Petrobrás possui tecnologia de ponta, descobriu as maiores reservas de petróleo das últimas décadas, tem acesso privilegiado ao mercado nacional e agora livre das corrupções tem enorme potencial de crescimento.

Não adianta falar em privatizar. Não há empresas nacionais com cacife para comprá-las e quando fazem (com dinheiro do BNDES) é para revender ao estrangeiro com fabulosos lucros, como fez o Eike Batista. Qualquer privatização da Petrobrás significará desnacionalizá-la.

O que explicaria o empenho em desnacionalizar a Petrobras? Quem são os beneficiários do projeto de José Serra?

Lógico, as multinacionais do setor visam apropriar-se de maiores proporções do petróleo brasileiro, auxiliadas por seus laços políticos locais. Também são beneficiados os países dependentes de petróleo importado, pela perspectiva da extração acelerada do petróleo para a exportação e o sistema financeiro por conta dos financiamentos e juros correspondentes para um número maior de companhias.

Quem pensar no grande conjunto nacional saberá que uma Petroleira nacional impulsiona a indústria local e utiliza a renda para investir em infraestrutura; que vender ativos para pagar dividendos no curto prazo é um erro grave, com severas consequências para o futuro. Alienar infraestrutura, gasodutos, por exemplo, é entregar mercado e comprometer a segurança.

Vender jazidas é pior ainda. Foi anunciado que o campo de Carcará do pré-sal que vale 33 bilhões de dólares (134 bilhões de reais) foi vendido por 2,5 bilhões de dólares (8,5 bilhões de reais) um mega-prejuízo de 30 bilhões de dólares. Estando correta a notícia, só nessa venda a Petrobras perdeu mais do que a Lava Jato conseguiu recolher até hoje.

Ontem, Parente pediu pressa no fim da lei da partilha para iniciar as privati-doações do Pre-sal. Agora venderam Carcará. Fizeram da Petrobras uma petroleira do mundo que não quer lugar cativo nas melhores jazidas de petróleo descobertas neste século. A única que dá, a preço de banana, o que já tinha do “filé” do pré-sal.
 
Como sempre os "cidadãos do mundo" estão contentes com a desnacionalização dos meios de produção. Gente apátrida que só pensa no Brasil como uma expressão geográfica, que corre para gastar ou investir lá fora qualquer dinheirinho que ganhe aqui e se contenta em trabalhar para uma multinacional ou para o governo que a garante. Estes, como pessoas, podem ser melhores do que os comunistas pois não são terroristas e nem sempre ladrões, mas são igualmente danosos ao País.

Outro problema, talvez não tão imediato mas ainda mais perigoso é a questão indígena.  Ao longo das últimas décadas as ONGs estrangeiras e suas sucursais nacionais foram criando e ampliando reservas e mais reservas, que somadas superaram em extensão a toda a Grande Região Sudeste, para um grupo indígena que não excederia aos habitantes de uma cidade média.

As reservas se situam de preferência sobre as principais jazidas minerais. Quando lá não havia índios, inventavam uma missão religiosa (falsa) e ofereciam alimentos. Isto juntava índios; antropólogos ideológicos ou comprados que apresentavam laudos fraudulentos e presidentes atendendo as pressões ou a exigências estrangeiras homologavam áreas imensas, maiores do que pequenos estados, expulsando de lá qualquer brasileiro considerado não índio pela traidora Funai.

Pior ainda, os governos petistas assinaram tratados e convenções que concedem virtual independência às "nações" indígenas, pois permitem que escolham a nação a que querem pertencer, inclusive uma própria.

Todos esperávamos que isto reverteria em um novo governo e quem sabe isto ainda aconteça. Uma CPI em curso poderia revelar as traições a serviço do estrangeiro já conhecidas não somente pelos Órgãos de Inteligência, mas por todos que se interessaram em conhecer. Lamentavelmente um ministro do STF, notoriamente ligado ao PT decidiu tratar este assunto como segredo de justiça, privando o nosso povo do conhecimento. Incrível, o STF blindou as ONGs investigadas na CPI da FUNAI e suspende divulgação de fatos apurados com quebra de sigilo. Dessa forma os dados já obtidos não poderiam ser utilizados na conclusão da investigação no Congresso Nacional.

Isto diminui a nossa esperança.

Outro problema que toma vulto, a ponto de se ombrear com os dois primeiros, é o da idiotice das nossas autoridades. Por exemplo, na Segurança Pública fazem leis que protegem os malfeitores e impedem as pessoas de bem a se defender. Em nome da proteção ao meio ambiente impedem a construção de hidrelétricas e o asfaltamento de estradas, encarecendo o transporte de alimentos.

Embora, haja evidências de que essas nefastas imposições sejam orientações do exterior, as nossas autoridades primam por aborrecer a nossa gente, como se desejasse nos acostumar a engolir sapos. Por exemplo, de surpresa, nossos Motoristas, que trafegam nas péssimas vias receberam mais uma medida, baixada pelo CONTRAM:  a obrigatoriedade do uso de Faróis Baixos de dia nas Estradas, aparentemente para que os radares multem melhor, mas as estadas continuam muito esburacadas ou intransitáveis.

Órgão equiparável a um legislador supremo, o Contran sem se importar com risco de assaltos nos cruzamentos e semáforos cuidou só de estojos de primeiros socorros, extintor de Incêndio, cintos de segurança, modelos de cadeirinhas para bebês, (alguns já aboliu) em vez de arrumar as estadas e facilitar o transito cuida mesmo só é de multar. Aliás, a campeã de radares enganosos é Brasília, (invenção de Cristovam Buarque). Lá se diz: "Visite Brasília e ganhe uma multa" .

Que Deus nos dê, mais do que paciência para tolerar as coisas que não podem ser mudadas, a coragem e persistência para mudar as que podem ser mudadas.

Gelio Fregapani

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