Marinhas da Namíbia e de Camarões cruzaram o Oceano Atlântico pela primeira vez para a UNITAS LXIII

Por Segundo-Tenente (RM2-T) Thaís Cerqueira Francisco

Após quase duas semanas de operações no mar, a UNITAS LXIII chegou ao fim hoje (22). A edição sediada no Brasil especialmente para compor as celebrações do Bicentenário da nossa Independência e da Esquadra brasileira foi marcada pela interoperabilidade dos 19 países envolvidos. A presença de marinhas e representantes dos continentes europeu, asiático e africano proporcionou mais diversidade, representatividade e possibilidade de novas interações durante o exercício. 

Para acomodar um maior número de marinhas e em atenção à necessidade de preparação conjunta em resposta às novas ameaças presentes no Atlântico, a UNITAS 2022 contou com uma unidade-tarefa voltada para a segurança marítima, com a participação de navios-patrulha e exercícios de abordagem, tiro com armamentos de curto alcance, além de combate à pirataria e prevenção à poluição ambiental. Essa novidade permitiu a participação de marinhas do entorno estratégico brasileiro, como as das Repúblicas da Namíbia e de Camarões, que estão localizadas na costa ocidental do continente africano.

Capitânia da Marinha da Namíbia atracado na Base Naval do Rio de Janeiro antes de seguir em missão – Imagem: 3SG (ET) Cássio

Elas atravessaram pela primeira vez o oceano Atlântico, em direção ao Rio de Janeiro, onde teve início a missão que seguiu até o Espírito Santo. Como lembra o Contra-Almirante Marcelo Menezes Cardoso, Comandante da 1ª Divisão da Esquadra e do Grupo-Tarefa, “a participação dos namibianos e camaroneses merece destaque. Não só pelo reconhecido esforço de atravessar o Atlântico, mas também pela seriedade, profissionalismo e esmero demonstrados desde a fase de planejamento até a execução dos exercícios no mar”.
 

Para o Capitão de Mar e Guerra Simon Kombada, comandante do Navio NS Elephant, navio capitânia da Marinha da Namíbia, participar da UNITAS teve uma importância dupla. “Em primeiro lugar, a nossa participação elevou o moral da tripulação e nos garantiu confiança. Em segundo lugar, aprimorou a proficiência tática, capacidades e maior interoperabilidade, bem como mostrou a competência que a Marinha da Namíbia pode ter ao participar de um exercício conjunto com outras marinhas”.

Além do objetivo de incrementar a interoperabilidade, a UNITAS almejava outras metas, como lembra o Contra-Almirante Cardoso ao “considerar que os principais objetivos foram alcançados,  dentre os quais o incremento do adestramento, as trocas de experiências, a identificação de oportunidades de cooperação, a confirmação da capacidade de operação conjunta em segurança e a consolidação dos laços de amizades entre as nossas marinhas”. 

 

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