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Piratas mudam de base

O número de ataques de piratas diminuiu substancialmente nos últimos meses. De acordo com os dados do Bureau Naval Internacional, no primeiro trimestre deste ano foram registrados 102 ataques de piratas, enquanto durante o mesmo período do ano passado tinham sido registrados 142.

O melhoramento da situação é especialmente notável junto do litoral da Somália, – no período de janeiro a março do ano passado aí foram levados a cabo 97 ataques contra navios de carga e de passageiros, enquanto em três meses de 2012 foram registrados apenas 43 casos. "O resultado dos esforços internacionais é evidente", – afirma Petr Osichanksi, presidente da Associação de Capitães do Extremo Oriente.

Os piratas somalis criaram muitos problemas à comunidade mundial e esta começou a lutar ativamente contra eles. Foi criado o sistema de caravanas escoltadas. A OTAN lançou lá as suas forças, navios de guerra russos também continuam patrulhando esta zona. Além disso, os chineses não gostam muito quando alguém perturba a sua Marinha. Por isso, eles também mandam as suas forças navais para lá. Os indianos procedem da mesma maneira, pois muitos dos seus cidadãos caíram prisioneiros dos somalis. Todas as medidas tomadas resultaram na melhora da situação.

Mais do que isso: o Conselho de Segurança da ONU aprovou há pouco uma resolução sem precedentes que permite a forças militares estrangeiras não somente perseguir os piratas nas águas territoriais da Somália mas também bombardear as suas bases em terra. Anteriormente, os piratas só precisavam, depois do ataque, de chegar à costa, mas agora eles perderam este último abrigo.

Se na região do Corno Africano as águas se tornaram mais seguras, em outras partes do mundo os flibusteiros ficam cada vez mais descarados. Por exemplo, o número de ataques junto da costa da Nigéria, registrados nos últimos meses, dobrou de cinco para dez. Eis um comentário do perito do Centro do Direito Naval Vasili Gutsuliak.

"Sabíamos que as três regiões mais perigosas no plano de pirataria eram a Somália, a costa ocidental  de África e as águas do Sudeste Asiático. Agora o centro de gravidade sedeslocou precisamente para a costa ocidental de África. A explicação deste fenômeno é bastante simples. A situação socioeconômica nesta região é bastante grave e os próprios países são por vezes incapazes de controlar as suas águas territoriais".

Acontece que a comunidade internacional não deu a devida atenção a estes setores problemáticos da navegação mercante. Agora é preciso elaborar normas jurídicas universais de combate à pirataria em todo o oceano mundial. Por enquanto, os especialistas aconselham os capitães e proprietários de navios a cuidarem, eles próprios, da segurança, ou seja, a contratarem guardas armadas e instalarem sistemas modernos de segurança a bordo, ou pelo menos, enrolem o casco do navio com arame farpado, – esta invenção primitiva já salvou várias tripulações de ataques dos piratas.

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