Obama volta a defender programa de vigilância: “vidas foram salvas”

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, voltou a defender o programa de espionagem liderado pela Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) nesta quarta-feira, durante uma entrevista coletiva com a chanceler alemã, Angela Merkel, na Chancelaria Alemã, em Berlim. "Vidas foram salvas", disse o líder americano, acrescentando que ao menos 50 ameaças foram evitadas pelo sistema de vigilância.

Obama prometeu tornar público parte do programa para tranquilizar a população. O objetivo será compartilhar as informações, para que o alcance dos dados privados armazenados, os processos de obtenção e seu uso por parte dos serviços de inteligência sejam conhecidos. "Damos as boas-vindas a estes debates", assegurou o presidente americano após fazer referência às estratégias que herdou da administração do presidente George W. Bush na chamada "luta contra o terror".

Ele reafirmou também que o objetivo não é investigar os correios eletrônicos dos cidadãos americanos ou europeus, sublinhando que o programa vem sendo supervisionado de perto pelos âmbitos legais para garantir a privacidade dos cidadãos. Esta questão foi abordada também por Merkel. A chanceler alemã ressaltou a importância de equilibrar a questão da segurança com a proteção das liberdades individuais.  

Segundo a agência AP, Merkel pareceu evitar discordar de Washington a respeito do programa de vigilância, particularmente porque a Alemanha se beneficia de informações de inteligência americanas. As críticas germânicas à espionagem vêm especialmente dos partidos menores da coalizão governamental, que se preocupam em perder as eleições de setembro próximo. 

Pela paz na Síria
Obama também afirmou que seu país e a Alemanha defendem um "acordo político" na Síria, o início de um "processo de transição" e que o país árabe permaneça "unido e em paz". O líder americano afirmou ainda que não se pode permitir o uso de armas químicas na Síria, mas não deu detalhes sobre a ajuda fornecida pelos EUA aos rebeldes. "Não posso e não vou comentar os detalhes de nossos programas relacionados com a oposição síria", declarou.

Sobre o fechamento de Guantánamo
Outro assunto abordado por Obama foi o fechamento da prisão de Guantánamo. "Continuo em meu empenho de fechar Guantánamo, mas isto ficou mais difícil do que o esperado. Isso se deve à resistência de alguns estados e a problemas com o Congresso", explicou. O governante voltou que os atentados de 11 de setembro de 2001 tornaram necessária a guerra contra o terror e que alguns dos prisioneiros de Guantánamo são altamente perigosos.

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