As autoridades venezuelanas anunciaram nesta segunda-feira (15/01) que desarticularam o grupo rebelde liderado pelo ex-policial e piloto Óscar Pérez, acusado de executar um ataque terrorista contra o Supremo Tribunal de Justiça.
A operação em El Junquito, nos arredores de Caracas, deixou ao menos sete mortos e cinco policiais feridos. Entre os mortos estão dois policiais e cinco membros do grupo de Pérez.
"Os integrantes desta célula terrorista que fizeram resistência armada foram abatidos, e cinco criminosos foram capturados e detidos", detalhou o governo venezuelano na emissora estatal VTV. "Estavam fortemente apetrechados com armamento de alto calibre e abriram fogo contra os funcionários encarregados da sua captura e tentaram detonar um veículo cheio de explosivos", relatou o Ministério de Interior, que destacou que os agentes foram atacados quando negociavam as condições para a rendição de Pérez.
Segundo o comunicado, cinco policiais ficaram gravemente feridos na operação. O texto não oferece maiores detalhes sobre os mortos e detidos nem esclarece se Pérez foi morto ou capturado.
O ministério afirmou ainda que o grupo planejava ataques com bombas no país. Pérez ficou conhecido em julho de 2017 quando, no meio dos protestos antigovernamentais, lançou várias granadas de um helicóptero da Polícia Científica contra dois edifícios governamentais em Caracas.
Em dezembro, ele assumiu a autoria de um ataque a um quartel da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militar), em Laguneta de La Montaña. Pelas redes sociais, o ex-policial afirmou no início da manhã desta segunda-feira que as autoridades o tinham localizado após mais de seis meses de fuga, numa área montanhosa perto de Caracas.
Ele publicou uma série de vídeos no Instagram nos quais assinalava que ele e seu grupo estavam cercados e que as forças de segurança lhes disseram que os queriam matar.
Pérez assegurou que queria se entregar, mas que, mesmo assim, não paravam de disparar contra o grupo. No último vídeo é possível ver o ex-policial com manchas no rosto, que parecem ser sangue, e gritando: "Vamos nos entregar, parem de atirar". Ele afirmou ainda que havia feridos entre seu grupo.