Filipinas deseja maior presença militar dos Estados Unidos

O governo das Filipinas negocia com os Estados Unidos um aumento das manobras e da presença militar americana no arquipélago para conter a expansão da soberania chinesa, informaram fontes oficiais nesta sexta-feira. Delegações dos dois países estão reunidas esta semana em Washington para renegociar o tratado de defesa.

O ministro de Relações Exteriores filipino, Albert del Rosario, afirmou em comunicado que é um benefício para as Filipinas potencializar o tratado de defensa com Washington.

Rosario afirmou que poderia aumentar a presença e a frequência de tropas americanas nas Filipinas e o número de militares para melhorar a operabilidade do Exército nacional.

As autoridades filipinas disseram que qualquer desdobramento de soldados estrangeiros no arquipélago respeitará a Constituição, que proíbe a estada permanente de tropas estrangeiras no país.

As Filipinas fecharam as bases militares americanas em seu território em 1992, mas há uma década cerca de 600 soldados americanos participam anualmente de manobras e projetos sociais no país.

O diretor do Escritório Presidencial de Planejamento Estratégico e Desenvolvimento de Comunicações, Ricky Carandang, explicou em entrevista coletiva em Manila que o Governo está "trabalhando intensamente para melhorar a capacidade defensiva, em particular a marítima". "Trabalhamos nisso não só com os Estados Unidos, mas também com a Austrália e países asiáticos vizinhos", disse Carandang, segundo a emissora GMA.

O sudeste asiático viu ressurgir nos últimos tempos o conflito das ilhas Spratly, cuja soberania é reivindicada total ou parcialmente por Brunei, China, Filipinas, Malásia, Taiwan e Vietnã.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou em novembro durante uma visita à Austrália que seu país manteria uma forte presença militar na região Ásia-Pacífico.

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, se comprometeu durante uma visita a Manila a aumentar o apoio militar às Filipinas em seus domínios marítimos, perante o aumento das tensões com a China nos últimos meses por disputas territoriais.

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