EUA pressionam China por código de conduta no sudeste asiático

A administração do presidente Barack Obama pressionou nesta quinta-feira a China a aceitar um código de conduta para resolver as disputas territoriais na região do Mar da China, área disputada por Pequim juntamente com Taiwan e Japão – os Estados Unidos se esforçam para mediar o conflito, de acordo com informações da AP.

A secretária de Estado americana Hillary Clinton se encontrou com o ministro das Relações Exteriores chinês, Yang Jiechi, durante a reunião anual da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean, na sigla em inglês), realizada no Camboja. No entanto, na parte da conferência aberta para a imprensa, os dois evitaram tocar no assunto.

Diversos países da região manifestam preocupação com as reivindicações marítimas de Pequim, o que tem elevado a tensão nos últimos meses. Nesta quarta-feira, por exemplo, o Japão denunciou que três lanchas de patrulha chinesas entraram nas águas territoriais japonesas na região em litígio no Mar da China oriental. A China já causou irritação em outros países, como Filipinas e Vietnã.

Especula-se que a área em questão seja rica em reservas de petróleo e gás natural, além de contar com cerca de 1/3 do tráfego mundial de carga e ser rico em pesca. Hillary afirmou, segundo a AP, que os Estados Unidos não têm nenhuma reivindicação territorial na região e não toma partido em disputas territoriais ou fronteiras marítimas, mas têm interesse na liberdade de navegação, na manutenção da paz e estabilidade, respeito pelo direito internacional e no livre comércio no Mar da China Meridional.

A secretária de Estado americana acrescentou que os países asiáticos devem trabalhar de forma colaborativa e diplomática para resolver suas disputas sem coerção, intimidação, ameaças ou o uso de força.

Os dez países que fazem parte da Asean (Filipinas, Vietnã, Malásia, Brunei, Indonésia, Cingapura, Tailândia, Mianmar, Camboja e Laos) indicaram no começo da semana que foi elaborado um rascunho de regras que regem os direitos marítimos e de navegação, e procedimentos para possíveis desacordos entre governos. A China, no entanto, não faz parte do bloco e não concordou com o plano.

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