BR-VE – Comandante do Exército não considera que houve invasão venezuelana em território brasileiro

Humberto Trezzi

Gaucha ZH

Apesar de militares brasileiros considerarem que integrantes da Guarda Nacional venezuelana perseguiram opositores em pleno território brasileiro, o episódio não é confirmado pelo comandante do Exército Brasileiro, general Edson Leal Pujol.

Em entrevista a GaúchaZH na noite de sábado (23), ele considerou que a área onde ocorreu o confronto entre soldados leais ao presidente venezuelano Nicolás Maduro e adeptos do oposicionista Juan Guaidó – em Pacaraima, Roraima – é uma "zona neutra" entre os dois países.

Conforme relato do coronel do Exército brasileiro José Jacaúna de Souza, que comanda operações em Pacaraima, soldados venezuelanos avançaram sobre a fronteira ao se deslocarem até o último marco físico e revidarem as pedradas dos oposicionistas, além de terem disparado bombas de gás cntra o território nacional. Até tiros de munição real teriam sido disparados.

Os integrantes da oposição, por sua vez, incendiaram um alojamento de militares venezuelanos. Jacaúna considera todo o episódio uma "agressão" e pediu que o Brasil tome providências diplomáticas.

Já o comandante do Exército, general Pujol, não considera o episódio uma grande anormalidade. Ele analisa que o local é como que "terra de ninguém", um trecho em que brasileiros e venezuelanos costumam transitar livremente. No episódio deste sábado, essa liberdade resultou em confronto entre venezuelanos contra e a favor do governo do seu país.

– Sabemos que os militares venezuelanos não entraram deliberadamente em nosso território e se limitaram a ficar nessa faixa difusa. O caminhão de entrega de ajuda humanitária à Venezuela também ficou parado ali. Pelos relatos que recebi, não dá para considerar um incidente que envolva o Brasil ou brasileiros. Os nervos lá estão à flor da pele – resume o general Pujol.

Abaixo matéria do Jornal Nacional com a palavra do Cel Jacauna.

 

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