Venezuela – Chefe da OEA ameaça uso de força militar

Matéria Atualizada às 21:00Hs 16 Set2018

O Editor

Redação DefesaNet

e Agências

 

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) ameaçou uma intervenção militar na Venezuela para restaurar a democracia e aliviar a crise humanitária do país.

O uruguaio Luis Almagro fez um alerta durante uma visita à fronteira da Colômbia com a Venezuela, na qual ele também denunciou a "ditadura" socialista do presidente Nicolás Maduro por estimular uma crise migratória em toda a região. As declarações foram feitas na visita realizada, dia 14SET2018, por Almagro na fronteira Colômbia-Venezuela.

 

No Domingo o Secretário-Geral da OEA faz um esclarecimento sobre as declarações na fronteira de da Comlômbia-Venezuela, em Cúcuta.

"Com respeito a uma intervenção militar para derrubar Nicolás Maduro, não devemos descartar nenhuma opção", disse Almagro em uma conferência de imprensa na cidade colombiana de Cúcuta. "O que esse regime está cometendo são crimes contra a humanidade, a violação dos direitos humanos e o sofrimento das pessoas no êxodo induzido, que está impulsionando ações diplomáticas em primeiro lugar, mas não devemos descartar nenhuma ação."

Almagro tem sido um dos principais críticos de Maduro na América Latina, mas até agora não tinha se mostrado disposto a ir tão longe quanto o presidente dos EUA, Donald Trump, que no ano passado levantou a possibilidade de uma "opção militar" contra Maduro. Em várias reuniões com assessores e líderes latino-americanos no ano passado, Trump também discutiu a possibilidade de uma invasão norte-americana da nação sul-americana.

No caso de Almagro, a ameaça de uso de força militar é especialmente surpreendente, dada a sua condenação ao apoio ofertado à invasão norte-americana da República Dominicana em 1965 para tirar do poder um presidente democraticamente eleito, mas pró-Cuba.

Em resposta a uma questão o Secretário-Geral da OEA Luis Almagro disse haver possibilidade de uma intervenção miitar. Veja o twitter.

Um dia após o Clube de Lima  emitiu um comunicado sobre as declarações de Almagro. O Tetxo está abaixo na versão original em espanhol e a tradução para o português pelo Itamaraty.

Países do Grupo de Lima afastaram neste sábado qualquer "intervenção militar" ou "uso da força na Venezuela", após as declarações do secretário-geral da OEA, Luis Almagro, que não descartou essa opção.

Onze dos 14 países que integram o grupo "expressaram sua preocupação e seu rechaço a qualquer curso de ação ou declaração que implique uma intervenção militar ou exercício da violência, a ameaça ou o uso da força na Venezuela", afirma o comunicado divulgado pelo Itamaraty.

 

A mensagem foi referendada por Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia.

O Grupo de Lima, criado em 2017 para colaborar na resolução da crise venezuelana, também é integrado por Canadá, Colômbia e Guiana.

Os onze países do Grupo de Lima reafirmaram seu "compromisso de contribuir para a restauração da democracia na Venezuela e para superar a grave crise política, econômica, social e humanitária que esse país atravessa, por meio de uma saída pacífica e negociada".

Os países pediram ao governo de Nicolás Maduro para "pôr fim às violações dos direitos humanos, libertar os presos políticos, respeitar a autonomia dos poderes do Estado e assumir a responsabilidade pela grave crise que a Venezuela vive hoje".

 

(tradução não-oficial. Original em espanhol segue depois do texto em português)

 

Os governos de Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia, países membros do Grupo Lima, reafirmam seu compromisso de contribuir para a restauração da democracia na Venezuela e para superar a grave crise política, econômica, social e humanitária que esse país atravessa, por meio de uma saída pacífica e negociada. Nesse sentido, continuarão a promover iniciativas com esse fim no âmbito do Direito Internacional.

Exortam uma vez mais o regime venezuelano a pôr fim às violações dos direitos humanos, libertar os presos políticos, respeitar a autonomia dos poderes do Estado e assumir a responsabilidade pela grave crise que a Venezuela vive hoje.

Da mesma forma, expressam sua preocupação e seu rechaço a qualquer curso de ação ou declaração que implique uma intervenção militar ou o exercício da violência, a ameaça ou o uso da força na Venezuela.

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DECLARACIÓN DEL GRUPO DE LIMA

Los Gobiernos de Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguay, Peru y Santa Lúcia, países miembros del Grupo de Lima, reafirman su compromiso para contribuir a la restauración de la democracia en Venezuela y a la superación de la grave crisis política, económica, social y humanitaria que atraviesa ese país, a través de una salida pacifica y negociada. En ese sentido, continuarán promoviendo iniciativas a este fin en el marco del Derecho Internacional.

Instan una vez mas al régimen venezolano a poner fin a las violaciones a los derechos humanos, a liberar a los presos políticos, respetar la autonomía de los poderes del Estado y asumir su responsabilidad por la grave crisis que hoy vive Venezuela.

Asimismo, expresan su preocupación y rechazo ante cualquier curso de acción o declaración que implique una intervención militar o el ejercicio de la violencia, la amenaza o el uso de la fuerza en Venezuela.

Caracas denunciará o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, ante as Nações Unidas "por promover intervenção militar" na Venezuela, depois de afirmar na sexta-feira, na Colômbia, que essa opção não está descartada.

A informação foi dada pela vice-presidente Delcy Rodríguez no Twitter.

Almagro declarou na sexta-feira que não se deve descartar "uma intervenção militar" na Venezuela para "derrubar" o governo de Nicolás Maduro, a quem responsabiliza pela crise humanitária e migratória dos venezuelanos.

"Sobre a intervenção militar para derrubar o regime de Nicolás Maduro, acredito que não devemos descartar qualquer opção", disse Almagro em entrevista coletiva na cidade colombiana de Cúcuta, na fronteira com a Venezuela.

"Almagro pretende ressuscitar os piores casos de intervenção militar imperialista em nossa região, cuja estabilidade está seriamente ameaçada pelo comportamento insano da pessoa que se desvia e abusa da secretaria-geral da OEA", assinalou Rodríguez.

Almagro, acusado de "ingerencista" por Maduro, justificou sua declaração diante das "violações dos direitos humanos e dos crimes contra a humanidade" cometidos pelo governo venezuelano contra seu povo.

"O sofrimento do povo, o êxodo induzido que está promovendo torna as ações diplomáticas prioritárias, mas não devemos descartar qualquer opção", afirmou ainda.

"Temos que recuperar a democracia na #Venezuela para que todos os imigrantes venezuelanos possam voltar ao seu país e também recuperem sua liberdade e bem-estar", concluiu Almagro no Twitter de Cúcuta.

 

 

 

Caracas denunciará o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, ante as Nações Unidas "por promover intervenção militar" na Venezuela, depois de afirmar na sexta-feira, na Colômbia, que essa opção não está descartada.

A informação foi dada pela vice-presidente Delcy Rodríguez no Twitter.

Almagro declarou na sexta-feira que não se deve descartar "uma intervenção militar" na Venezuela para "derrubar" o governo de Nicolás Maduro, a quem responsabiliza pela crise humanitária e migratória dos venezuelanos.

"Sobre a intervenção militar para derrubar o regime de Nicolás Maduro, acredito que não devemos descartar qualquer opção", disse Almagro em entrevista coletiva na cidade colombiana de Cúcuta, na fronteira com a Venezuela.

"Almagro pretende ressuscitar os piores casos de intervenção militar imperialista em nossa região, cuja estabilidade está seriamente ameaçada pelo comportamento insano da pessoa que se desvia e abusa da secretaria-geral da OEA", assinalou Rodríguez.

Almagro, acusado de "ingerencista" por Maduro, justificou sua declaração diante das "violações dos direitos humanos e dos crimes contra a humanidade" cometidos pelo governo venezuelano contra seu povo.

A máquina chavista foi posta a funcionar pelo governo Maduro. Abaixo nota da ALBA TCP.

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