A Guerra Urbana e os Movimentos Irregulares

Editorial DefesaNet

A Guerra Urbana e os Movimentos Irregulares

 

Os fatos desta semana em São Paulo e Rio de Janeiro são para os analistas um passo dentro da estratégia dos manifestantes de entrarem na Fase de Guerra Urbana.

As manifestações iniciadas há vários anos com o foco na Área Urbana, mais efetiva, que a as ações nas Áreas Rurais, passam agora para um novo estágio.

As Forças de Segurança há tempo estão alertando para a mudança significativa do “Modus Operandi” dos Grupos Irregulares, dentro do conceito de Guerra Irregular. Há uma variação conceitual importante no presente momento: A Guerra de Quarta Geração.

Um conceito efetivo usado agora em uma variante pouca conhecida: “ações de Quarta Geração no campo inimigo”.

Neste conceito ocorreram os movimentos de distúrbios na Linha Vermelha do Metro de São Paulo, na terça-feira (04FEV14). Em ambiente fechado grupos infiltrados criaram princípio de pânico, em ambiente confinado, onde as conseqüências poderiam atingir proporções inimagináveis.

Na quinta-feira no Rio de Janeiro, os grupos irregulares marcharam contra a icônica Central do Brasil. As tentativas de pularem as catracas, agitação e tumultos no interior do prédio da Central. O registro em vídeo de que o mesmo artefato explosivo que atingiu gravemente o cinegrafista da Rede Bandeirante Santiago Almeida foi lançado no ambiente interno. Anteriormente tinha sido creditado o lançamento de bombas de efeito moral pelas Forças de Segurança.

O lançamento do rojão em direção às Forças de Segurança, por um irregular, atingiu o cinegrafista Santiago Almeida, que por infelicidade estava, de forma incorreta, cobrindo o evento fora da proteção das Forças Policiais. Ação de Irregulares não passa pela censura das redações, mas a ação da Polícia é sempre notícia.

Por infeliz sorte o ocorrido foi amplamente documentado em imagens e que foi possível inclusive a órgãos de comunicação como a Rede Globo retificarem informações anteriores. Ver telejornal Hoje, edição 07 FEV14.

Na semana que o Ministério da Defesa divulga a “boboca” revisão "Politicamente Correta" do Manual MD33-M10 GARANTIA DA LEI E DA ORDEM (GLO).

A imprensa nega os fatos (até o momento) e o Governo Federal culpa TUDO à famosa “Violência Policial”, em especial nos estados governados pela oposição.

O Governo Federal na sua ânsia de avançar no domínio político do Estado do São Paulo e agora Rio de Janeiro tem flertado da irresponsabilidade à insanidade.

O Governador do Estado do RS, considerando-se um Leon Trotsky redivivo, incita manifestantes e sindicatos em uma longa greve de transporte público em Porto Alegre, ao mesmo tempo retira a Brigada Militar das ruas.

A declaração do Sr. Alexandre Padilha de que a gangue criminal PCC é cria do PSDB ultrapassa a razoabilidade dos fatos.

As Forças Policiais que operam nos conflitos já reportavam uma mudança radical, iniciada no ano passado.

As armas disponíveis aos movimentos tais como:

– Rojões e foguetes incrementados com pregos e esferas de aço (as tropas reportam capacetes e escudos cravados de pregos);
– Coquetéis Molotov que começaram a proliferar;
– Foguetes de sinalização:
– Rojões (similar ao que atingiu o cinegrafista da BAND Santiago Andrade), e,
– Organização mais ágil e leve, formado por grupos com grande mobilidade e organização atacando em diversos pontos ao mesmo tempo.

Um pouco de razão é necessário antes que o gênio escape da garrafa e gere efeitos incontroláveis e irrecuperáveis

 

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