Comentário Gelio Fregapani – Resumo político, Para provocar uma guerra, Como ficaremos? e A hora da verdade para os corruptos

Assuntos: Resumo político, Para provocar uma guerra, Como ficaremos? e A hora da verdade para os corruptos
 
Resumo político
 
1-O FHC / PSDB se elegeu apropriando-se do sucesso do Plano Real do Ricupero. Atentou contra a soberania, desnacionalizou a economia, reformou a Constituição, principalmente no que não devia. Seguiu fielmente o Consenso de Washington trabalhando para destruir a nacionalidade em benefício de um governo mundial.

2 – O Lula / PT ascendeu pela rejeição ao entreguismo do FHC. Inicialmente freou a desnacionalização, mas deu força aos movimentos ambientalistas, indianistas e esquerdistas, revolucionários quase balcanizando o País e chafurdou na corrupção de tal forma que isto serviu de motivo, ou pretexto, para sua queda.

3 –O Temer / PMDB subiu pelo impeachment causado pelo repúdio a corrupção do PT e seus asseclas e está aproveitado a situação para vender o que ainda resta de recursos naturais e de propriedades produtivas nacionais. Tudo indica que, imitando FHC, usará o dinheiro das vendas para estimular uma melhora provisória no bem estar popular, mas e entregará o governo sem a propriedade dos recursos naturais e sem o dinheiro.

 – Haverá quem diga: Fazer o que? – Certamente você sabe o que deveria ser feito. Quem pensar geopoliticamente também saberá.

Para provocar uma Guerra

Segundo a mitologia, quando os deuses querem destruir um homem, iniciam por enlouquecê-lo. Nos tempos modernos, quando um Império quer destruir um país, inicia por difamá-lo, ou demonizá-lo, no jargão dos operadores da Guerra Psicológica. Assim os governadores adversários em pouco tempo involuem na mídia de presidentes para ditadores, de ditadores para tiranos e destes para assassinos sanguinários e seus países viram hordas repugnantes de bárbaros o que até pode, por vezes, ter um fundo de verdade. Claro, a difamação não acontecerá com os aliados por mais bandidos que sejam. Estes serão tratados com simpatia. O tio Joe da II Guerra foi o exemplo antes de ele mesmo ser demonizado (e com razão).

O passo seguinte seria hostilizar com sansões comerciais e impedir o acesso a conhecimentos e matérias primas; nós mesmo já sofremos algumas, mas atualmente são notórias as medidas contra a Rússia, o Irã e a Coréia do Norte. (é bom lembrar que o ataque japonês a Pearl Harbor aconteceu como resposta as sanções debilitantes que os EUA impuseram ao Japão).

Quando as sanções não funcionam bem ou o adversário não morde a isca resta ainda aproveitar um incidente ou mesmo forçá-lo com alguma provocação para fingir indignação com a reação. Se ainda assim não funcionar, resta fazer uma operação de falsa bandeira, como foi o caso da explosão do Maine, atribuído aos espanhóis, do ataque no golfo de Tonquim atribuído ao Vietnam e talvez ao das Torres Gêmeas, sobre o qual ainda pairam dúvidas. O bombardeio de uma base aérea síria sob pretexto do uso de armas químicas de duvidosa autoria insere-se no quadro geral de um início de guerra, bem como o envio para a área de um poderoso porta-aviões com um grupo de ataque completo. A conclusão que tiramos é que uma III Guerra está mais provável do que estava há dias atrás.
 
Assinale-se que este relato não é um libelo contra os EUA, mesmo porque todo país sem exceção, conquistou sua autonomia e a terra aonde vive pela força das armas. Todos já usaram destes métodos ou seriam capazes de os usar.  O que nos interessa é saber como os diferentes cenários poderão nos afetar e qual será a nossa posição, partimos do princípio que só a neutralidade nos interessa, mas nos lembremos que também pensávamos assim antes de ambas as Guerras Mundiais. Até para ser neutro é preciso ser forte.

Como ficaremos no contexto atual da rivalidade EUA/OTAN x Rússia/China?

Há evidências de ações norte-americanas para enfraquecer a nossa autonomia, provavelmente ainda em função da hostilidade manifesta do governo PT para com os EUA, somado naturalmente ao desejo de evitar a concorrência comercial. Durante o governo anterior o ataque americano se concentrava no entravar o nosso desenvolvimento nuclear e espacial. Agora, auxiliado por um governo no mínimo sem visão geopolítica, depois de neutralizar o Almirante Othon, cérebro do programa nuclear e o ataque avançou contra a Petrobras –  a coluna base do desenvolvimento nacional. Alardeou-se que havia uma corrupção gigantesca – o que era verdade; que a Petrobras estava quebrada e não tinha conserto – o que era falacioso pois com o barril de petróleo a U$ 56 e o preço de extração a menos de U$ 15 só não se recupera se não quiser.

Com menos alarde vão sendo vendidos os recursos naturais: terras, jazidas minerais inclusive do pré-sal e principalmente o nióbio. Embora a tentativa de prejudicar o dinâmico setor agropecuário com notícias exageradas não tenha obtido sucesso, o outrora poderoso setor da grande engenharia nacional perdeu força pois o combate à corrupção inicialmente priorizou castigar as empresas em lugar de castigar os corruptos, coisa que agora começa a ser feita. Por último, mas não encerrando, abriu-se o capital das estratégicas aerovias e se cogita de ceder, por aluguel a própria base de lançamento de Alcântara. O pior de tudo foi o esfacelamento do orgulho nacional, conseguido por culpa da corrupção dos políticos e empresários, mas com o auxílio de uma imprensa sem visão, quando não comprada, ao ampliar os já enormes malfeitos e atribui-los aos culpados ou a quem convier.

Não é difícil a qualquer analista apontar as motivações que regem esse triste espetáculo. Certamente elas estão defasadas, visando enfraquecer um país potencialmente hostil, como seria o do PT, o que não é o caso do atual governo. Entretanto, o atual governo, até por ser provisório, passará rápido e o desejo do nosso povo é a neutralidade e para mantê-la necessitamos ser fortes. Aos neutros que possam se garantir, os beligerantes buscam a simpatia, que jamais conseguirão tentando os enfraquecer. É bom que os EUA entendam isto.

Boa notícia. – A hora da verdade chegou.

Desde muito tempo que políticos recorrem às empreiteiras para o financiamento das campanhas políticas, oferecendo apoio nas licitações e outras trocas de favores – as empreiteiras eram obrigadas a contribuir, mas depois, em contratos acima dos valores das obras, recuperariam esse dinheiro – haviam ainda obras que nem eram realizadas e aquelas em que não serviram para nada.

No início da Lava-jato o alvo parecia ser a Petrobras, mais para desnacionalizar do que para corrigir. O alvo seguinte foram as empreiteiras, quase ferindo de morte a engenharia nacional.

Certo, havia corrupção e muita, mas os culpados eram pessoas e não firmas e o castigo recaia sobre os empresários, não sobre os principais culpados – os políticos, continuavam ilesos exceto alguns do governo, sem dúvida culpados, mas parecia visar mais derrubar a estatal do que saneá-la. A injusta prisão do líder do nosso programa nuclear corroborava esta impressão.

É claro que os empresários têm culpa, mas nenhum deles gosta de pagar propinas e alguns até se recusavam a trabalhar para o governo pela exigência destas.

Os prognósticos indicavam que de bom haveria um freio momentâneo na corrupção, mas os corruptos continuavam na cúpula do Legislativo, no primeiro escalão ministerial e a maioria dos juízes do próprio STF não merecia confiança. O próprio festejado afastamento do esquerdismo radical não estaria garantido se continuasse aumentando muito o número de desempregados

Inesperadamente o prosseguir das investigações atingiu em cheio um surpreendente número de políticos sanguessugas envolvidos diretamente no saque. Parecia impossível, mas agora dá para acreditar que o nosso País será passado a limpo. A corrupção acabará e custará a voltar. Os corruptos serão presos ou no mínimo não reeleitos e se cria clima para a redução de dois terços do número de senadores, deputados e vereadores, causando uma economia de uma "Vale do Rio Doce" por ano, sem contar o dinheiro que se esvairia com a corrupção. Agora sim, podemos ter esperança no futuro do nosso País.

Certamente pagaremos um preço: a desnacionalização dos recursos naturais e da industria local, mas se realmente nos livrarmos dos maus políticos poderemos retomar o que perdemos.

Avante, pois o futuro é promissor.   

Que a histórica ressurreição de Nosso Senhor inspire também uma certa ressurreição do nosso orgulho nacional.

Gelio Fregapani

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