Comentario Gelio Fregapani – Gás de Xisto, Leilão do campo de Libra, eleições e PEC 215

Assuntos: Gás de Xisto, Leilão do campo de Libra, eleições e PEC  215

 

Seria o gás do xisto um blefe?

O planeta buscava um substituto para o petróleo. Parece ter encontrado: o gás de xisto. A reserva americana seria suficiente para abastecer o mercado por mais de cem anos, o que mudou o panorama da geração de energia e derrubou o preço do carvão. Em todo o mundo parecia que o combustível se tornaria mais abundante e barato. O avanço tecnológico deveria reduzir os problemas ambientais, como a contaminação hídrica e no futuro os EUA exportariam gás em volume capaz de mudar o panorama mundial.

Essa nova realidade interferirá na nossa política de produção de biocombustíveis? E no mercado internacional de etanol?  Certamente e também pode afetar o futuro do pré-sal, mas…

Embora o gás de xisto, estimado em bilhões de barris de energia líquida potencial, pareça ser a salvação dos EUA, surgem algumas incertezas – O Pico Petrolífero continua a assustar o mundo. A Exxon Mobil Corp. já abandonara o seu projeto do shale oil em  1982. Somado ao afastamento da Chevron, em 2012, acende-se a luz amarela e a Shell Oil anunciou o encerramento do seu projeto no Colorado. Isto pode não ser o capítulo final nos esforços para desenvolver este recurso não convencional, mas não dá para garantir. O gasto de bilhões pode ter sido uma tentativa fracassada, ou quem sabe um blefe.

Antes se entoava que se avançassem com o programa do xisto, os EUA produziriam 10 milhões de barris por dia, algo como a Arábia Saudita. A Shell mostrou um pequeno local que havia produzido 2000 barris de petróleo. Agora disse: vou sair desta pois a enorme quantidade de energia calorífica necessária para a exploração pode tirar o sentido econômico. Neste caso, como se explica o baixo preço do gás? Seria um blefe para manter o dólar por mais algum tempo?

É só uma desconfiança. Se o gás de xisto corresponder ao que foi anunciado, o século XXI será mesmo um século norte-americano. Entretanto, isto pode ser um blefe, mas mesmo que se revele um blefe, os altos preços do petróleo tornam provável que lá continue algum nível de exploração do gás, pois a garantia da segurança energética, em certas ocasiões, pode ser mais importante do que a própria economia.

O Leilão do campo de Libra (pré-sal )

Esse leilão parece ser um erro estratégico, pois nenhum país leiloa áreas cujo potencial de produção já é conhecido. Sugeriu-se que aPetrobras não teria dinheiro suficiente para o projeto nem tem mais crédito com investidores para reter o campo de Libra, cuja exploração garantiria a nossa independência energética e grandes vantagens econômicas.

O fato é que“leiloar 10 bi de barris já descobertos não é uma boa idéia. Afinal, porque não exploramos nós mesmos? – Tecnologia não nos falta. Parte da imprensa noticia que a Petrobras não tem dinheiro nem crédito com investidores para reter o campo de Libra. Falta dinheiro? Imprima-se. Isto causa a mesma inflação que trazer dinheiro de fora e estranhamente foi pedido só US$ 15 bilhões de sinal e 41% da produção enquanto até os países atrasados exigem 80%. A ANP não merece confiança. Fora criada para agenciar bons negócios para os alienígenas,  informando e licitando áreas petrolíferas sempre que a capacidade de concorrência da Petrobras estiver esgotada. Já causou prej uízos incalculáveis ao Brasil.

A Petrobrás também foi espionada pela NSA para obter vantagens.Será que a Presidente não percebe? Quando ainda era candidata parecia perceber. Recordemos o que disse antes da eleição: “Desde já eu afirmo a minha posição: é um crime privatizar a Petrobrás ou o pré-sal. Falo isto porque a poucos dias o principal assessor do candidato Serra para a área de energia e ex-presidente da ANP durante o governo FHC defendeu a privatização do pré-sal. Isto seria um crime contra o Brasil porque o pré-sal é o nosso grande passaporte para o futuro, e com ele o Brasil vai arrecadar bilhões de dólares. Essa riqueza será inves tida nas áreas de educação, saúde, cultura, meio ambiente, ciência e tecnologia e combate a pobreza, graças a uma lei criada pelo nosso governo com a minha participação. Essa é a grande diferença entre o nosso projeto de governo e o projeto da turma do contra. Nós acreditamos que o fortalecimento das nossas empresas é bom para todo o povo brasileiro. Eles só pensam em vender o patrimônio público.”

O que teria mudado na cabeça da Presidente, o ideal ou as circunstâncias? Teria ela se assustado com as perspectivas do gás de xisto? Há quem afirme que o País precisa de dinheiro agora para desenvolver e que imprimir causaria inflação. É um argumento falacioso, pois receber dinheiro de fora causa a mesma inflação (mais dívidas e juros). Há também quem argumente que o petróleo perderá o valor com o gás de xisto e que o lucro (apenas 15 bilhões) será agora ou nunca e que se não ocorrer o desenvolvimento do gás, ainda nos sobraria os 41% do produto. É outra argumentação tendenciosa, pois mesmo que o gás não seja um blefe, substituirá muito mais o carvão do que o petróleo.  O Brasil merece uma explicação melhor.

Eleições

Antes da entrada da Marina no páreo sentíamos que teríamos de escolher entre dois grupos: o dos esquerdistas corruptos e dos entreguistas também  corruptos (talvez um pouco menos corruptos, mas corruptos também). Agora, com Marina, além das fortes acusações de corrupção e de obediência ao estrangeiro, entra em campo algo pior: o atraso como ideal. Se ela conseguir por em prática a orientação que recebe do movimento ambientalista mundial, certamente impedirá a conclusão de Belo Monte (aliás de todas as hidrelétricas) deixando as industrias sem energia, impedirá também a exploração de petróleo no mar e criara tantos embaraços ao agronegócio que inviabilizará a agropecuária. Causará a fome. Tanta fome que é capaz de matar mais cria nças do que o fez Herodes ou mesmo mais pessoas do que qualquer genocida do século XX.

Haveria, com a Marina, alguma coisa de bom? – Claro. Seriamos muito elogiados em Londres e  por todos os concorrentes no mundo desenvolvido!
 
Serão as Forças Armadas a única coisa que funciona?

Em convênio com o ministério da Integração Nacional, o Exército está construindo poços artesianos em estados do Nordeste, para assegurar o acesso à água potável para as famílias flageladas, com despesas muito menores que as da transposição do rio São Francisco e potencialmente com resultados mais satisfatórios. Dentre os poços já em construção, destaca-se o do Sítio Juá, no município de São João do Sabugó (RN), que é o primeiro a utilizar, em caráter experimental, uma bomba hidráulica alimentada por energia solar, que transportará a água do poço para uma cisterna de 10 mil litros de capacidade.

Esperemos que essa iniciativa não pare por aí…Uma solução para a seca não é de interesse da politicalha do Nordeste.
 
Sob pressão, Câmara pode arquivar PEC 215

 Após ruidosas ações por cerca de 1.500 pessoas, índios e disfarçados de índios incluindo uma tentativa de invasão do Congresso em 2 de outubro, o presidente da Câmara admitiu que a "tendência" é de arquivamento da Proposta da PEC 215, que transferiria ao Congresso a atribuição de homologar novas terras indígenas.

Além da ameaça de invasão do Congresso, os internacionalizados indígenas estão ameaçando bloquear as estradas de todo o Brasil durante a Copa do Mundo e a Olimpíada do Rio.

Além das ações indígenas, um grupo de seis militantes do Greenpeace escalou o mastro da bandeira nacional que fica em frente ao Congresso e estenderam uma faixa com o rosto de um indígena, com a frase "nossos bosques têm mais vida". Segundo o coordenador da campanha Amazônia da ONG, Rômulo Batista, "o Greenpeace está aqui para prestar solidariedade à luta dos indígenas pela garantia de seus direitos e pela garantia da terra,

Na frente internacional, o aparato indigenista se manifestou na sua capital mundial, Londres. No dia 2, a ONG Survival International realizou um protesto diante da embaixada brasileira, em apoio às mobilizações indigenistas no Brasil. Lá, o índio Nixiwaka Yawanawá, afirmou: "Estamos aqui para apoiar os nossos irmãos indígenas no Brasil que estão enfrentando o pior ataque aos seus direitos em décadas. Os povos indígenas brasileiros têm vivido nas suas terras desde sempre e nós não podemos viver sem elas.

 Essas novas leis significariam o fim dos nossos direitos às nossas terras e não podem ser aprovadas.

Os índios exigem ainda a demarcação e homologação de uma série de novas terras, sugerindo que nem o possível arquivamento da PEC 215 impedira novas invasões. Como consequencia teremos novasexpulsões de proprietários rurais de terras produtivas ocupadas há décadas.
 
Que Deus guarde a todos nos
 
Gelio Fregapani
 

Compartilhar:

Leia também

Inscreva-se na nossa newsletter