Governo quer satélite para internet na Amazônia

PEDRO SOARES

O governo articula com países vizinhos da região amazônica o lançamento de um satélite para suprir a necessidade regional de acesso à banda larga.

O ministro Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia) afirmou que o governo já faz estudos para implementar o satélite e defendeu o uso de recursos do Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações).

Para Mercadante, apesar de a densidade ser pequena em muitas regiões do país e não justificar investimentos da iniciativa privada, essas pessoas não podem ser alijadas do acesso à "nova sociedade do conhecimento".

Já Antonio Carlos Valente, presidente da Telebrasil (associação do setor) e da Telefônica, diz que há uma vasta região do Brasil que só será coberta com um pacote de incentivos do governo.

Entre as medidas, ele defende a redução de impostos na cadeia de fornecedores de equipamentos de telecomunicações e financiamentos subsidiados para levar acesso a esses locais.

Valente afirma que o Brasil tem uma "rede moderna" e "imensa", mas faltam investimentos públicos para universalizar o acesso. O país possui o quinto maior número de pessoas atendidas por serviços de telecomunicações -300 milhões, no conjunto de serviços (voz, dados, TV por assinatura etc.).

Somados os acessos fixos e móveis, o país conta com 40 milhões de usuários de banda larga. Em 2010, houve uma expansão de 25%, segundo dados da Tele Brasil.

Outro entrave à expansão, avalia, é o custo. Segundo o executivo, o preço da banda larga caiu cerca de 60% desde 2008, mas ainda supera cifras de outros países.

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