Exército Brasileiro destrói mais de dez mil armas

Franco Adailton
A Tarde – Salvador/BA

Mais de dez mil armas foram destruídas pelo Exército Brasileiro, na manhã desta sexta-feira, 30, em uma indústria siderúrgica situada em Dias D'Ávila (Grande Salvador). Os artefatos foram encaminhados pela Justiça dos estados de Bahia e Sergipe, onde foram apreendidas em inquéritos policiais.

Ao longo de um ano, a 6ª Região Militar (6ª RM) do Exército Brasileiro, que atende  a ambos os estados, armazenou e inutilizou essas armas. Outras foram entregues voluntariamente pela população, como parte da campanha promovida pelo Estatuto do Desarmamento, criado em 2003.

No entanto, segundo o chefe do setor de fiscalização de produtos controlados da 6ª RM, coronel Mauro de Almeida Júnior, as unidades  entregues voluntariamente chegam a representar apenas cerca de 1% do coletado na Bahia e Sergipe.

Ainda de acordo com informações fornecidas pela 6ª RM, a quantidade de armas destruídas este ano foi inferior a 2015. No ano passado, cerca de 12 mil   foram inutilizadas, o que representa uma redução de 16,6%, em comparação com o arsenal  recolhido  em 2016.

Fundição

A destruição dos dispositivos de calibres variados ocorreu em uma das fornalhas da companhia Paranapanema, no complexo que faz parte do Polo Industrial de Camaçari. Segundo informações de técnicos da empresa, o metal foi fundido a uma temperatura de aproximados 1.300 graus.

De acordo com o coronel Moura, o Exército ficou encarregado de destruir as armas, como parte de um acordo de cooperação técnica firmado entre o Conselho Nacional de Justiça, juntamente com os ministérios da Justiça e da Defesa.

"Essas armas são entregues pela Justiça ao Exército, que fica responsável pela guarda nos quartéis, onde ficam acondicionadas até a destruição",  afirmou. "O primeiro passo é prensar para inutilizar, ainda na 6ª RM, até que sejam trazidas para fundição", acrescentou.

Conforme o coronel, o acordo de cooperação não prevê a reutilização das armas por parte do Exército Brasileiro. "Com menos armas ilegais em circulação na sociedade, a segurança do cidadão se torna mais eficaz", concluiu ele.

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