Temer lamenta morte de soldado da Força Nacional mas diz que episódio não “deslustra” Olimpíada

O presidente interino Michel Temer lamentou nesta sexta-feira a morte do soldado da Força Nacional de Segurança Hélio Andrade, baleado por traficantes no Rio de Janeiro, mas afirmou que o “lamentável acidente” não “deslustra as Olimpíadas”.

Temer falou rapidamente depois de reunião bilateral com o presidente da Armênia, Serzh Sargsyan, sua primeira agenda internacional desde que assumiu interinamente a Presidência.

“Há sim um grande lamento”, disse o presidente. “Mas isso não deslustra as olimpíadas, que estão transcorrendo em um ritmo normalíssimo, com muitos brasileiros ganhando medalhas. Tenho a absoluta convicção que as olimpíadas farão com que o Brasil seja mais uma vez reconhecido pelo mundo."

Temer afirmou ainda que houve ação imediata das forças estaduais e federais e que os jogos não estão paralisados por isso e estão correndo em “ritmo normalíssimo”.

Andrade morreu na noite de ontem, depois de ter sido baleado na cabeça quando entrou com outros agentes da FNS por engano na favela Vila do João, uma das comunidades do Complexo da Maré. O capitão Alen Ferreira, que estava no carro, foi atingido por estilhaços no rosto e ficou levemente ferido. O outro soldado não foi atingido.

O governo decretou luto oficial por três dias pela morte de Andrade.

ARMÊNIA

O encontro de Temer com o presidente da Armênia, na manhã desta sexta-feira, foi a única reunião bilateral oficial até agora feita pelo presidente interino desde que assumiu o cargo.

Mesmo no Rio de Janeiro, durante a cerimônia de abertura, Temer teve apenas uma rápida conversa com os presidentes da Argentina, Maurício Macri, e do Paraguai, Horácio Cartes, para tratar da situação da Venezuela.

Na reunião com Sargsyan foram assinados cinco acordos de cooperação entre Brasil e Armênia, nas áreas de educação, diplomacia e cultura.

No encerramento dos Jogos Olímpicos, Temer deverá ter outra bilateral, desta vez com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, para tratar de uma possível visita ao país asiático em outubro, assim que for confirmado o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

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