Líbia – ONU articula acordo no conflito líbio

Representantes de Muammar Gaddafi e dos rebeldes que querem a deposição do líder líbio se encontrarão hoje em reunião da União Africana em Adis Abeba (Etiópia), afirmou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

O encontro faz parte dos esforços para a articulação de um cessar-fogo entre as partes, que estão em conflito desde meados de fevereiro.

Segundo Ban, participarão do evento o seu enviado especial à Líbia e representantes regionais, numa tentativa de estabelecer um diálogo entre as duas partes.

O secretário-geral alertou, porém, não haver nenhum indício até agora de que o regime do ditador líbio esteja mantendo um cessar-fogo.

Também ontem, os membros da Otan chegaram a acordo para que a imposição de uma zona de exclusão aérea na Líbia, hoje sob a responsabilidade dos EUA, seja transferida à aliança militar ocidental no fim de semana.

O acordo atende principalmente ao interesse dos EUA, que temem se comprometer em um conflito cujo tempo de duração é imprevisível.

A França disse ontem que a expectativa é que as operações militares sejam concluídas dentro de semanas, mas não deverão durar "meses".

Os EUA, porém, garantiram que seguirão realizando ações após passar o comando sobre a exclusão aérea.

Segundo o secretário-geral da aliança, Anders Fogh Rasmussen, a Otan não vai realizar ataques contra alvos em terra. Mas prosseguem as negociações para que a aliança fique com o comando de toda a operação militar na Líbia.

A França resistia a que a Otan assumisse o comando político e militar das ações.
A solução deixar a coordenação política a cargo de órgão que inclua também a Liga Árabe e União Africana.

Uma reunião em Londres na próxima terça deverá definir as atribuições do grupo.
A Turquia, por sua vez, resistia em endossar uma missão que ultrapassasse os objetivos aprovados na resolução da ONU -uma zona de exclusão aérea e o fim dos ataques contra alvos civis.

FRONT
No front de batalha, as forças aliadas realizaram o sexto dia seguido de ataques.
A França disse ter destruído, em terra, um caça da Líbia que violara a exclusão aérea. Na véspera, o Reino Unido dissera que toda a Força Aérea líbia fora "destruída".

A coalizão tem ainda centrado forças em alvos militares terrestres do regime de Gaddafi para evitar ataques contra os bastiões rebeldes.

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