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EUA: Obama quer usar verba de guerra para crescimento econômico

O presidente americano, Barack Obama, disse neste sábado que, após dez anos de guerra no Afeganistão, aonde fez uma viagem-surpresa nesta semana, é hora de construir os Estados Unidos de dentro e aproveitar o final do conflito para investir em crescimento econômico.

"Destinaremos metade do dinheiro que não utilizaremos em guerras para pagar nossa dívida, e a outra metade para reconstruir os EUA. Temos mais postos de trabalho a criar, mais estudantes a educar, mais energia limpa a gerar", ressaltou Obama em seu discurso radiofônico semanal.

O presidente se referiu à importância do "histórico" acordo que assinou na terça-feira passada no Afeganistão, que, em sua opinião, ajudará "a completar a missão americana e a pôr fim à guerra".

Obama, que visitou as tropas na base aérea de Bagram, agradeceu aos militares americanos pelo trabalho, "graças ao qual caíram os talibãs e a liderança da Al Qaeda".

"Devido aos progressos que fizemos, tive a oportunidade de assinar um acordo histórico entre EUA e Afeganistão, que define um novo tipo de relação entre nossos países, um futuro no qual os afegãos são os responsáveis pela segurança de sua nação", disse o presidente.

Segundo Obama, este acordo ajudará também a construir "uma associação de igualdade entre dois Estados soberanos, um futuro no qual a guerra termina, e começa um novo capítulo".

"No final de 2014, os afegãos serão totalmente responsáveis pela segurança de seu país, e assim é que deve ser. Porque, depois de mais de uma década de guerra, é hora de se concentrar na construção da nação aqui em casa", insistiu.

O presidente destacou ter pedido ao Congresso americano que o orçamento economizado nas guerras do Afeganistão e Iraque seja destinado ao crescimento econômico. "Para se recuperar da pior crise econômica desde a Grande Depressão, temos de continuar trabalhando.

Mas se seguirmos seu exemplo – o das tropas -, então não tenho dúvidas de que vamos manter a promessa deste país de proteger as liberdades que tanto valorizamos, e deixaremos a nossos filhos os EUA construídos para durar", concluiu.

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