EUA demandam ação internacional após teste de míssil da Coreia do Norte

Os Estados Unidos pediram nesta terça-feira uma ação coletiva para "responsabilizar" a Coreia do Norte por seus testes com mísseis balísticos e nucleares que, de acordo com os EUA, desafiam a lei internacional.

O embaixador dos EUA Robert Wood, em declaração na Conferência de Desarmamento após a fala do novo enviado da Coreia do Norte, que disse que o teste foi "auto defesa", disse: "Todos os esforços para avançar as capacidades nucleares e de mísseis balísticos da Coreia do Norte têm de cessar".

"Se já houve uma situação que exigia uma ação internacional coletiva para garantir nossa segurança mútua, é essa", disse Wood.

Secretário-geral da ONU condena lançamento de míssil da Coreia do Norte

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou nesta segunda-feira o lançamento de um míssil balístico pela Coreia do Norte no início de domingo, chamando-o de "outra violação preocupante" das resoluções do Conselho de Segurança.

"A liderança da República Popular Democrática da Coreia precisa retornar ao pleno cumprimento de suas obrigações internacionais e ao caminho da desnuclearização", disse Guterres em um comunicado.

O Conselho de Segurança da ONU tem marcada uma reunião de emergência ainda nesta segunda-feira sobre o lançamento de míssil da Coreia do Norte.

Coreia do Norte rejeita texto da ONU e diz que testes de mísseis são legítima defesa

A Coreia do Norte rejeitou nesta terça-feira um comunicado do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o lançamento de míssil que realizou no final de semana e declarou que todos seus testes são "medidas de legítima defesa" concebidas para proteger seu povo.

Na segunda-feira o Conselho de Segurança criticou o lançamento do míssil, pedindo a seus membros que "redobrem esforços" para aplicar sanções contra a Coreia do Norte, mas não deu sinais de quais ações pode adotar.

Han Tae Song, o novo embaixador da República Democrática Popular da Coreia, nome oficial da Coreia do Norte, na ONU em Genebra, falou na Conferência sobre o Desarmamento um dia depois de assumir o posto.

"Os vários disparos de teste realizados pela RDPC para criar mecanismos de legítima defesa são, sem exceção, medidas de legítima defesa para proteger a soberania nacional e a segurança do povo contra ameaças diretas de forças hostis", disse Han ao fórum de 61 países.

"O teste de lançamento bem sucedido de um míssil de alcance médio para longo em 12 de fevereiro é parte das medidas de legítima defesa", afirmou. "A este respeito, minha delegação rejeita enfaticamente o comunicado mais recente do Conselho de Segurança da ONU e todas as resoluções da ONU contra meu país."

Han disse que a península coreana dividida "continua sendo a área mais perigosa do mundo, com um risco constante de guerra".

Ele criticou os exercícios militares conjuntos realizados anualmente pela Coreia do Sul e pelos Estados Unidos, assim como o que chamou de "ameaças nucleares" e chantagem direcionadas à sua nação.

"É direito legítimo de autodefesa do Estado soberano possuir meios de dissuasão fortes para lidar com tal ameaça de forças hostis que visam depor o Estado e o sistema socialista", disse.

A Coreia do Norte compartilha com a humanidade o objetivo comum e global da desnuclearização, segundo Han.

"A RDPC apoia esforços globais para a desnuclearização e a eliminação completa das armas nucleares, e desempenhamos um papel responsável para contribuir para a obtenção da desnuclearização global", disse.

 

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