Dois novos ataques terroristas ocorreram nesta segunda-feira (13) em Jerusalém

Dois adolescentes palestinos, um de 14 anos e outro de 13, foram autores de atentados terroristas que deixaram duas pessoas feridas

Um adolescente israelense de 17 anos foi esfaqueado nas costas enquanto andava próximo ao Monte do Templo, em Jerusalém, na tarde desta segunda-feira (13). A agressão foi cometida por um adolescente palestino de 14 anos. O agressor fugiu para o Monte do Templo, onde foi preso. A faca utilizada foi encontrada próxima aos portões do local. A vítima teve ferimentos leves e foi levada ao Hadassah Hospital.

Horas depois do ataque, um policial foi esfaqueado por um jovem de 13 anos. Segundo um porta-voz da polícia, a agressão foi cometida após o agente da Polícia de Fronteira entrar em um ônibus para fazer uma inspeção de rotina, junto a outro segurança civil. O adolescente, então, se levantou e esfaqueou o policial. O segurança civil abriu fogo contra o esfaqueador dentro do ônibus, mas acidentalmente atingiu o policial de fronteira, que acabou falecendo com os ferimentos. O adolescente foi detido e não foi atingido pelo tiro.

O sargento Asil Sawaed, oficial da Polícia de Fronteira, foi uma das vítimas dos atentados desta segunda-feira. Sua morte foi lamentada pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. (Foto: Prime Minister of Israel/Twitter)

Segundo a polícia, ambas agressões foram atentados terroristas contra o povo de Israel. Os dois adolescentes residem na parte leste de Jerusalém, em um campo de refugiados. 

O ataque aconteceu três dias após um outro atentado terrorista, que matou 3 pessoas – dois irmãos de seis e oito anos e um homem de 20 anos – e feriu outras quatro, quando um carro avançou sobre pedestres em um ponto de ônibus no bairro de Ramot, na última sexta-feira (10). Ambos os ataques ocorrem num momento de escalada nas tensões entre a população palestina e israelense na Faixa de Gaza.

O Ministro de Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir disse que instruiu a polícia a se preparar para uma grande operação na região leste de Jerusalém, iniciando no domingo, após o atentado de sexta-feira (10). Contudo, oficiais do governo afirmaram que ele não possui autoridade para realizar a missão.

De acordo com André Lajst, cientista político especialista em Oriente Médio e presidente executivo da StandWithUs Brasil, os casos são reflexo da educação palestina. “Estes adolescentes vivem sob um regime autoritário e são ensinados a odiarem judeus. Elas aprendem que não existe o Estado de Israel e que o povo israelense é seu inimigo. Enquanto não combatermos o antissemitismo e o terrorismo em Israel e no mundo, será muito difícil caminharmos em direção à paz”, afirmou Lajst.

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