Comentário Gelio Fregapani – A Dinâmica dos conflitos e a Greve das PM; Dados dignos de Registro

Assuntos: A Dinâmica dos conflitos e a Greve das  PM; Dados dignos de Registro
 
A Dinâmica dos conflitos e a Greve das  PMs.

Todo conflito inicia com divergências incompatíveis e mal administradas, mas só desencadeia se houver, em ambos os lados, forças reativas capazes de lutar. Isto torna lugar comum a participação de força militar, sendo por vezes  o elemento pricipal.     

Greves de militares simplesmente não são apenas greves.  São motins. Quando os motins tomam vulto e são vitoriosos podem ser  chamados de revoluções.

Entre as circunstâncias que costumam levar uma tropa à insubordinação e revolta avultam a falta de confiança na autoridade contra a qual se revoltam; disciplina frouxa ou injusta; o espezinhamento e maus tratos; o fato de passarem necessidades não compartilhadas pela autoridade; diferenças ideológicas ou religiosas em oposição e, naturalmente, uma combinação desses e de outro fatores menores.

Antes de chegar aos extremos, uma tropa terá dado sinais de desagrado, entre os quais é comum recusar a alimentação. Terá havido conspirações, não cumprimento de ordens (greves?) e boataria. Um comandante perspicaz, em qualquer escalão, percebe facilmente. Quando compartilha da insatisfação exforça-se para a corrigir. Pode chegar, em casos extremos, a liderar o movimento sedicioso, quando a divergência é com escalão superior e ele compartilha delas. Quando se aliena perde a liderança. Aparecerá outra, contra ele ou deixando-o de fora, pois sempre aparecerá um líder. Todas as tropas estão acostumadas ao comando único, como  forma de coordenação de esforços chamada de disciplina. Não sendo assim perde a característi ca de tropa e passa a ser apenas um bando, fadado a derrota.

No caso da greve/motim da PM baiana certamente a maioria desses fatores esteve presente, e não somente naquela PM. Por alguns momentos não se sabia até que ponto  poderia se alastrar. Foi, ou deveria ter sido, motivo de preocupação para os mais altos escaões da República, não por causa do Carnaval ou da Copa do Mundo, mas pelo perigo para a coesão nacional, já que algumas das insatisfações eram compartilhadas por outras PMs e até por tropas federais.  As irredutíveis divergências partidárias internas sempre procuram cooptar tropas militares para compor suas “forças reativas”, completando assim as condições indispensáveis para o conflito. 

É claro que um conflito pode ser evitado, seja pela administração da divergência, seja pela apresentação de uma força esmagadora que iniba o conflito 

Felizmente para o Governo, as tropas federais, mais disciplinadas e mais poderosas inibiram o prosseguimento do motim, mas não podem, sem o comando político, sanear-lhe as causas. Caxias, quem melhor venceu revoltas e administrou motins, só aceitou essas tarefas com o comando político, incluindo o direito de castigar e de dar anistias.

Interferir em choques internos é extremamente desagradável ao ideário do Exército, cujo inimigo sempre será o estrangeiro. Entretanto por vezes terá que ser feito. A divisão do País em facções irredutíveis (o perigo das democracias) impede a coesão nacional, e a segurança depende ainda mais do grau de coesão  do que de outros fatores, como o valor momentâneo suas Forças Armadas ou do acerto de sua Diplomacia. Na verdade a coesão nacional embasa tanto uma como outra.

Mesmo os conflitos mais graves um dia terminam. Teoricamente terminam quando é quebrada a vontade de uma das facções, ou estejam esgotados seus meios de reagir, ou ainda pela resolução da divergência (que aliás poderia ter evitado o conflito)

O fato é que o apoio público à Revolução de 64 foi motivado mais pela repulsão às sucessivas greves e badernas do que pela ideologia na Guerra Fria.
 

Estaremos de volta para o passado? Não – ainda não. Não há insubordinação nas Forças Armadas e a maioria reconhece neste o melhor governo desde a remocratização. Entretanto uma luz amarela se ascende. Cuidado! Não se espezinha impunemente um Exército brioso.

O assunto é complexo. Caxias como sempre, o exemplo: Quando precisou combater, combateu, mas sempre administrou as divergências com misericordia e amparando até as famílias dos adversários. Conciliou e concedeu anistia, depois da vitória, sem tripudiar dos antigos adversários. Todos temos consiência de como a impunidade estimula os malfeitos. Mas a sede de vingança pelo lado vencedor perpetua as divrgências irreconciliáveis, que tendem a criar um novo conflito. Internacionalmente o exemplo é o Tratado de  Versalhes. Aqui no nosso País observamos o ensaio da fúria vingadora da Ministra dos Direitos Humanos e sua Comissão da “Verdade”.

No caso da PM baiana é necessário bom senso. Podemos inibir o prosseguir do motim usando de força avassaladora, mas a divergência só cessa com justiça, tal como Caxias  fez no Maranhão, sem descuidar das demais e das Forças Armadas
 
Dados dignos de Registro

Perda de dinheiro com o Nióbio – O Brasil está perdendo centenas de bilhões de dólares por ano com a exportação dos minérios estratégicos, vendendo s suas riquezas de qualquer jeito e recebendo o pagamento em moeda podre, sem qualquer valor, ficando caracterizada uma traição ao país. É claro que o Governo terá que tomar conta dessa exportação, mas há dúvida se não há altos escalões governamentais envolvidos. (Pelo menos foi o que Marcos Valério deu a entender  na CPI dos Correios)

Perda de segurança – Fonte segura afirma que a única fábrica de munição de armas portáteis tem sua sede nas ilhas Cayman e que possivelmente seja estrangeira. Isto significa que podemos ser sabotados e ficarmos desarmados assim que contrariarmos um interesse estrangeiro. Precisamos urgente de uma fabrica nacional, mesmo que passando por cima de retrogradas legislações restritivas.
    
Detalhe sobre os juros
:- Uns  R$ 200 bilhões em títulos do Tesouro a uma remuneração de 7 a 9% a.a vencem este ano e o governo já avisou que não vai oferecer novos. Pepino para os especuladores, mas ótimo para o setor produtivo, pois terão de procurar investimentos produtivos para aplicar. O setor financeiro certamente engrossará a grita contra o governo.
     
Ministérios
– Todos vibramos com a gradual faxina nos corruptos ministérios herdados da era Lula, mas não deu para entender a nomeação da Ministra das Mulheres,é defensora do abortismo mais horripilante e desenfreado em  combinação com o "kit gay" do Haddad.
     
Privatizaçõe
s – causou estranheza a privatização dos aeroportos. Ainda nâo está claro.  Contudo se sabe que os principais compradores foram os fundos de pensão. Pelo menos não foi a desnacionalização do FHC, mas arriscou a ser. Tem coisas que não se desnacionaliza sem perda de soberania, entre elas as Comunicações
     
ONGs– O País inicia a despertar. Já há alguma reação às ONGs corruptas, mas ainda nos esquecemos das que são ameaças perigosas, empenhadas em transformar tribos indígenas brasileiras em nações independentes, naturalmente localizadas sobre as maiores jazidas de minerais estratégicos. Algumas até podem prestar serviços, mas qualquer pessoa inteligente reconhece essas benesses como modernos Cavalos de Tróia.
      
Como já dizia Lacoonte: “Não se aceita presentes do inimigo.
 
Que Deus guarde a todos vocês

Gelio Fregapani

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