Coluna Médica – Governo anuncia vinda de 4 mil profissionais cubanos

Cristiane Bonfanti

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou ontem que o Brasil receberá quatro mil médicos cubanos até o fim do ano para preencher as vagas do programa Mais Médicos que não foram tomadas por profissionais brasileiros e estrangeiros na etapa de seleção individual. O governo formalizou ontem uma parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para viabilizar a vinda dos cubanos e disse que o primeiro grupo de 400 profissionais de Cuba chegará ao país neste fim de semana. Eles vão trabalhar em 701 cidades, 84% localizadas nas regiões Norte e Nordeste.

A chegada de mais dois mil cubanos está prevista para outubro, quando começará o segundo módulo de treinamento do programa. Padilha explicou que esses estrangeiros passarão pelo mesmo processo de avaliação, com duração de três semanas, ao qual serão submetidos os demais médicos com diploma no exterior.

O primeiro módulo começará na segunda-feira em Recife, Salvador, Brasília e Fortaleza. Os médicos aprenderão conteúdos relacionados à legislação do sistema de Saúde brasileiro, funcionamento e atribuições do SUS e língua portuguesa.

O Ministério da Saúde investirá, por meio da Opas, R$ 511 milhões até fevereiro de 2014 para permitir a vinda dos quatro mil profissionais de saúde de Cuba, incluindo pagamento de salário e outras despesas. Eles terão autorização especial para trabalhar por três anos no país, exclusivamente em serviços de atenção básica.

Padilha disse que o governo brasileiro repassará à organização recursos equivalentes às condições fixadas pelo edital do Mais Médicos – R$ 10 mil por profissional. Questionado, o ministro não soube informar quanto desses R$ 10 mil será, de fato, pago pelo governo cubano aos médicos, e afirmou que essa negociação cabe à Opas e ao governo cubano:
– Esse é um contrato da Opas com Cuba, e a remuneração específica do Ministério da Saúde de Cuba com os profissionais é uma informação que é do Ministério da Saúde de Cuba, não é do governo brasileiro – disse o ministro.

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