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China acusa Vietnã e Filipinas de “nacionalismo perigoso”

A China considera a reivindicação de soberania das ilhas Spratly e Paracel pelo Vietnã e Filipinas como um "nacionalismo perigoso" devido aos interesses econômicos dos dois países em territórios ricos em hidrocarbonetos, informa um artigo do jornal oficial Global Times. "Se a China não agir para conter os dois países e proteger seus próprios direitos sobre as ilhas, será mais difícil defendê-los no futuro", escreveu no jornal – adscrito ao Partido Comunista da China (PCCh) – o diretor do Instituto Nacional para os Estudos do Mar do Sul da China, Wu Sichun.

Wu destacou que as recentes disputas de soberania entre os três países, que se somam às reivindicações de Taiwan, Malásia e Brunei, se iniciaram na década de 1960 e incluíram nos anos 1970 o envio de soldados às ilhas por parte do Vietnã e das Filipinas.

Diante da escalada das tensões, Pequim e Hanói decidiram – segundo disse no domingo a agência de notícias oficial Xinhua – resolver pacificamente seu litígio territorial, enquanto, nesta terça-feira, serão iniciados 11 dias de exercícios militares conjuntos entre Estados Unidos e Filipinas na ilha de Palawan (Mar de Sulu), embora sejam consideradas manobras rotineiras.

A agência oficial chinesa destaca que China e Vietnã se comprometeram a realizar consultas amistosas e negociações durante a reunião em Pequim do conselheiro de Estado chinês, Dai Bingguo, e do vice-chanceler vietnamita Ho Xuan Son. Segundo Wu, o equilíbrio de poder na região mudou com a retirada dos EUA do Vietnã "pela busca de recursos naturais desde que, em 1969, um relatório da ONU indicou sua riqueza em petróleo e gás natural com aumento do interesse com a primeira crise global do petróleo em 1973".

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