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Brasil aproveita cúpula para reforçar relações com países africanos

Odair Santos

A presidente Dilma Rousseff participa nesta quinta-feira em Malabo, na Guiné Equatorial, da Cúpula de chefes de Estado e de governo América do Sul-África (ASA). Coordenador-geral do evento, o Brasil aproveita para reforçar suas relações com o continente africano e conquistar apoio à sua candidatura ao Conselho de Segurança da ONU.

A participação de Dilma Rousseff na reunião de cúpula é vista na África como uma continuação da política de aproximação do Brasil com os países africanos. Mas também é percebida como uma manobra para angariar simpatia da África e conseguir apoio à candidatura brasileira a um lugar permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Por outro lado, a reunião é importante para a Guiné Equatorial, país que recebe o encontro e que há muitos anos pretende se tornar membro de direito da CPLP, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. O Brasil é o seu grande aliado na corrida para a adesão ao grupo, mas outros parceiros, como Cabo Verde, são também úteis.

Há ainda outros interesses em jogo, sobretudo econômicos. O comércio das nações sul-americanas com os países africanos atingiu US$ 39,4 bilhões de dólares em 2011, crescendo 75 % desde 2006, segundo os dados mais recentes do Ministério das Relações Exteriores brasileiro.

54 chefes de Estado e de governo africanos e 12 líderes sul-americanos participam desta terceira reunião de cúpula em Malabo, capital da Guiné Equatorial.

Mas o evento não tem despertado grande euforia como o que aconteceu há quase quatro anos na Venezuela, quando o então presidente da Líbia, Muammar Kadhafi, o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o venezuelano Hugo Chávez apresentaram-se juntos, causando sensação na mídia.

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