Bombas de fragmentação em mãos ucranianas já estão sendo usadas no campo de batalha, diz Casa Branca

(Reuters) – As bombas de fragmentação fornecidas pelos Estados Unidos estão nas mãos dos ucranianos e sendo utilizadas no campo de batalha como parte da reação de Kiev contra a Rússia, disse o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, na quinta-feira.

“Recebemos algum feedback inicial dos ucranianos, e eles estão usando-as de forma bastante eficaz”, disse Kirby em coletiva de imprensa.

Kirby disse que as bombas de fragmentação estão tendo um impacto nas formações e manobras defensivas russas.

A Ucrânia prometeu usar as bombas de fragmentação apenas para desalojar concentrações de soldados inimigos russos.

As bombas de fragmentação, proibidas em mais de 100 países, normalmente liberam um grande número de pequenas bombas que podem matar indiscriminadamente em uma ampla área. Aquelas que não explodem representam um perigo por décadas.

Cada lado tem acusado o outro de usar bombas de fragmentação no conflito iniciado com a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022.

Rússia bombardeia depósitos de cereais em Odessa e faz exercícios militares no mar Negro

(RFI) – Os russos destruíram 120 toneladas de cereais, segundo uma mensagem publicada pelo governador no Telegram. A Rússia atirou mísseis de cruzeiro Kalibr a partir do mar Negro e em baixa altitude, para contornar os sistemas de defesa aérea, acrescentou o governador Kiper.

Dois mísseis atingiram depósitos onde os cereais estavam estocados, provocando um incêndio. Em outro local que foi alvo dos bombardeios, havia equipamentos agrícolas e um veículo de resgate.

Moscou afirma que os ataques são uma “represália”. O país colocou fim ao acordo de exportações de cereais estabelecido em 17 julho de 2022. Na época, a ONU e a Turquia negociaram a abertura de um corredor marítimo humanitário no mar Negro, o que possibilitava à Ucrânia a exportação dos grãos.

Os russos também mantiveram os ataques às regiões orientais e meridionais na Ucrânia, nesta semana. Segundo o governador da região de Zaporíjia, Youri Malachko, 80 ataques localidades foram atingidas, nas últimas 24 horas. Quatro pessoas morreram.

Exercícios militares

Paralelamente, a Rússia anunciou nesta sexta-feira (21) ter realizado exercícios militares no mar Negro. De acordo com o ministério da Defesa do país, navios da frota russa atiraram mísseis de cruzeiro “em um barco, que foi destruído, na área de treinamento de combates, no noroeste do mar Negro.”

O país afirmou que consideraria, a partir desta quinta-feira, os navios em direção à Ucrânia como “potenciais embarcações militares”. A tensão cresceu na área desde o fim do acordo sobre exportações de cereais.

O ministério russo da Defesa também indicou que uma parte de sua força aérea, em coordenação com seus navios, “trabalharia em ações para isolar a zona temporariamente fechada para navegação.”

As cidades portuárias ucranianas de Mykolaiv e Odessa, no mar Negro, foram alvo de ataques russos na noite de quarta para quinta-feira, condenados pelo secretário-geral da ONU, António Guterres. 

Kiev acusa Moscou de visar especificamente infraestruturas portuárias para impedir a eventual retomada das exportações de cereais. A Ucrânia pede a instauração de patrulhas militares navais, sob mandato da ONU, que ainda não respondeu à solicitação.

(Com informações da AFP)

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