Barcos de guerra do Irã fazem operação no Mediterrâneo

Barcos de guerra iranianos entraram no sábado no Mar Mediterrâneo após atravessar o Canal de Suez, anunciou o comandante chefe da marinha, o almirante Habibolá Sayyari, citado pela agência oficial Irna.

Não foram revelados detalhes sobre o número nem as características dos barcos que participam dessa operação, a segunda em um ano, destinada a "mostrar o poder da República islâmica do Irã".

Na sexta-feira, uma fonte ligada à autoridade que controla o canal de Suez, passagem no Egito para o Mediterrâneo, confirmou a presença de dois navios iranianos. "Dois navios iranianos atravessaram o canal de Suez (na quinta-feira), depois de (receberem) autorização das Forças Armadas egípcias", disse a fonte à Reuters.

A primeira operação de barcos de guerra iranianos no Mediterrâneo desde a Revolução islâmica de 1979 provocou em fevereiro de 2011 duras reações de Israel e Estados Unidos.

Sayyari também não indicou quais seriam os destinos dos barcos, que poderiam ser destoyers (contratorpedeiros) ou barcos de abastecimento. O almirante afirmou, no entanto, que os navios levavam uma mensagem de paz e amizade para os países da região.

A chefe de relações exteriores da União Europeia, Catherine Ashton, e sua homóloga americana, Hillary Clinton, felicitaram na sexta-feira o envio de uma carta pelo Irã na qual o país dizia estar pronto para retomar as conversações sobre seu programa nuclear.

O principal negociador do Irã para os temas nucleares, Said Jalili, propôs em um encontro das potências do grupo 5+1 (Estados Unidos, China, Rússia, França, Grã-Bretanha e Alemanha) a retomada na "primeira oportunidade" das negociações sobre o programa nuclear iraniano, sempre e enquanto forem respeitados seu direito à energia atômica com fins pacíficos.

O chanceler britânico William Hague, por sua vez, afirmou na sexta-feira que as ambições nucleares do Irã poderiam desencadear uma "nova Guerra Fria", mais perigosa que a dos países ocidentais com a União Soviética.

Com informações da agência Reuters

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