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Militares alegam falta de verba para projetos de tecnologia

A falta de recursos para o desenvolvimento de tecnologias nas Forças Armadas é o que mais dificulta o progresso do setor. Essa foi a conclusão de participantes de debate realizado ontem sobre a pesquisa e os investimentos nos centros de tecnologia das Forças Armadas, em audiência pública na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT). 
 
De acordo com o brigadeiro Wander Golfetto, do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da Força Aérea, o Brasil investe apenas 0,004% do PIB na área espacial. Ele mostrou que projetos da Aeronáutica para os anos de 2012 a 2016 precisariam de R$ 195 milhões, mas só receberam do Orçamento R$ 34 milhões. 
 
Walter Pinheiro (PT-BA) disse que o orçamento para as Forças Armadas deve ser prioridade. Para ele, além dos recursos, é necessária uma sinergia entre as três Forças para que a tecnologia desenvolvida sirva não apenas para o setor militar, mas também para outros campos da ciência que podem ajudar a sociedade: 
 
— Sem sinergia e recursos, é difícil fazer avanços nas áreas de ciência e tecnologia, em benefício também de serviços como a saúde. 
 
De acordo com o diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Industrial do Ministério da Defesa, vice-almirante Wagner Zamith, a pasta tem a função de apoiar os projetos ligados à ciência e à tecnologia das Forças Armadas. 

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