LAAD 2024: Cidades Inteligentes no Brasil e os Impactos Positivos na Segurança Pública

Em painel mediado por Diógenes Lucca, especialista em segurança pública, o Cel. Marcus Belchior Correa Bento, Chefe Executivo do COR – Centro de Operações – RJ, preferiu utilizar o termo “cidades eficientes” no lugar de “cidades inteligentes” para definir aquelas que têm capacidade de predição, ou seja, métodos que possam antecipar e prevenir ocorrências que possam impactar as respectivas comunidades. 

Segundo ele, ao chegar a essa predição a cidade se tornará mais eficiente e, por consequência, mais inteligente, sendo o melhor caminho a criação de centros de operações integrados a órgãos oficiais, como polícias e bombeiros, concessionárias de serviços, modais de transporte e, até mesmo, empresas privadas, como a Google, para que essa integração possa gerar indicadores e métodos de antecipação e prevenção de crimes ou acidentes climáticos. O especialista defende que o poder público municipal faça parte do Sistema de Segurança e as ações municipais possam contribuir para reduzir a criminalidade.

Para outro participante do debate, o Cel. Pedro Borges, reserva da Polícia Militar do Estado de São Paulo, a prevenção criminal é o primeiro passo da segurança pública, como dever do Estado com políticas públicas, assim como de cada indivíduo na sua prevenção. 

Para ele, existe a prevenção primária, que envolve os fatores sociológicos condutores do crime, como diminuição da desigualdade e educação de base para mais oportunidades para todos, a perspectiva ecológica, que age no ambiente que gera o crime, como limpeza de praças e diminuição do comércio de rua, com monitoramento remoto para respaldo rápido e mensurável depois da intervenção, e também a prevenção secundária, no campo das políticas estaduais, municipais e civis, com a presença e prevenção policial para dissuadir o crime. 

Country manager da Xertica Brasil, Alfredo Deak Junior comentou que o ponto mais importante da tecnologia na segurança pública começa na integração, afirmando que quando se cria o sensoriamento tecnológico remoto obtêm-se números expressivos de redução da criminalidade. 

Para o executivo, integrar tecnologia expande competências e o sensoriamento remoto ajuda, por exemplo, a visualizar viaturas, chamados e atos de desordem urbana absorvidos pelos serviços de emergência e ouvidoria, consolidando-os nos Centro de Crise e espalhando-os de forma mais assertiva nos mapas. 

O uso da inteligência artificial também é visto como de suma importância para o especialista. Segundo Deak Junior, a tecnologia possibilita, até mesmo a análise do sentimento humano por meio da voz do solicitante, por exemplo, detectando a condição emocional ou de perigo a qual a vítima está submetida. Aliada à inteligência intermodal que integra as informações e agentes envolvidos, a inteligência artificial pode gerar informações mais classificadas e expandidas, aumentando a percepção de segurança das pessoas.

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